O Campeonato Paulista de 2023 terminou com o mesmo roteiro de 2022. A exemplo do que ocorreu no ano passado contra o São Paulo, o Palmeiras protagonizou uma reviravolta com massacre sobre o Água Santa e ergueu mais uma vez o troféu. A 25ª conquista estadual da história do time alviverde foi assegurada com um futebol irretocável e de campeão, sobretudo no primeiro tempo, e com goleada por 4 a 0 sobre o valente time de Diadema. Gabriel Menino teve tarde de artilheiro com dois gols,
Endrick mostrou que o jejum ficou no passado ao marcar o terceiro e o argentino Flaco López sacramentou o atropelo palmeirense no Allianz Parque.
Já há algum tempo na galeria dos maiores técnicos da história palmeirense, Abel Ferreira levantou seu oitavo troféu e deu mais mostras de sua competência. Foi graças à sua estratégia, entendida com facilidade pelos atletas, que parecem sempre saber como executá-la, principalmente em decisões, que o Palmeiras faturou mais uma taça, a segunda em 2023 – também venceu a Supercopa do Brasil em cima do Flamengo.
O técnico armou seu tradicional plano de intensidade e agressividade que fez seus atletas, empurrados por mais de 41 mil palmeirenses, serem capazes de dominar o competente rival de Diadema do início ao fim. Foi uma apresentação quase que perfeita diante de uma equipe muito inferior taticamente, mas que chegou à decisão com méritos.
Clube de várzea até 2011, o Água Santa sai fortalecido do Paulistão e terá tempo para se organizar com vistas para 2024, quando disputará a Copa do Brasil e a Série D do Campeonato Brasileiro, além da elite do futebol paulista. Neste ano, não disputará mais nada. O Palmeiras tem mais Copa do Brasil, Brasileirão e Libertadores pela frente. Não há dúvidas de que brigará nas três frentes.
MASSACRE ALVIVERDE
A vantagem obtida pelo Água Santa no primeiro duelo em Barueri foi desfeita com 15 minutos e passou a ser do Palmeiras aos 26. Foi esse o período em que o volante Gabriel Menino mostrou poder de decisão e pontaria de artilheiro para marcar duas vezes num intervalo de 11 minutos.
O primeiro ele fez em bonito arremate de fora da área após sua cobrança de falta explodir na barreira. O segundo o volante marcou de cabeça e foi uma pintura graças ao drible extraordinário de Dudu no marcador antes de ele cruzar para Menino ir às redes.
O terceiro saiu dos pés do jovem fenômeno Endrick. Escalado como titular depois quatro jogos entre os reservas, o atacante de 16 anos aproveitou rebote do goleiro em finalização de Rony e fez o Allianz Parque com o terceiro gol em uma tarde de festa e de recorde de público. A arena registrou 41.444 torcedores, o maior número desde que foi inaugurada em 2014. No fim da primeira etapa, Dudu agrediu Didi com um soco nas costas, mas não foi expulso. Raphael Claus decidiu apresentar o amarelo para o camisa 7.
O placar construído no primeiro tempo permitiu que o Palmeiras jogasse com tranquilidade e conforto na etapa final. Não foi ameaçado pelo combalido Água Santa e ainda transformou a vitória em goleada com mais um gol. O argentino Flaco López, um dos que saiu do banco de reservas, recebeu de Rony e bateu bonito, de canhota, para selar o passeio alviverde, que terminou com “olé” vindo das arquibancadas.
FICHA TÉCNICA
PALMEIRAS 4 X 0 ÁGUA SANTA
GOLS – Gabriel Menino, aos 15 e aos 26, Endrick, aos 33 do 1ºT; López, aos 27 do 2ºT.
PALMEIRAS – Weverton; Marcos Rocha, Gustavo Gómez, Murilo e Vanderlan; Zé Rafael, Gabriel Menino (Jhon Jhon) e Raphael Veiga (Fabinho); Dudu (López), Rony (Breno Lopes) e Endrick (Garcia). Técnico: Abel Ferreira.
ÁGUA SANTA – Ygor Vinhas; Reginaldo, Marcondes, Didi e Gabriel Inocêncio; Thiaguinho (Júnior Todinho), Kady (Patrick Allan) e Igor Henrique (Cristiano); Lucas Tocantins (Bruno Xavier), Luan Dias e Bruno Mezenga. Técnico: Thiago Carpini.
ÁRBITRO – Raphael Claus.
CARTÕES AMARELOS – Bruno Mezenga, Marcondes, Katy, Gabriel Menino, Dudu, Luan Dias, Murilo, Júnior Todinho, Vanderlan, Zé Rafael, López.
CARTÃO VERMELHO – Villian (banco do Água Santa).
Público: 41.444.
Renda: R$ 3.583.469,93.
Local: Allianz Parque.