O réu Renê da Silva Pinheiro, acusado de ordenar de dentro da cadeira a morte do sargento da Polícia Militar Josevaldo Andrade da Silva, de 43 anos, em maio de 2019, no Distrito de Outeiro, foi condenado a 32 anos de prisão pelo Tribunal do Júri da Capital. O julgamento ocorreu nesta quarta-feira (25) e foi presidido pelo juiz Cláudio Hernandes Lima.
Renê Pinheiro é o segundo homem condenado por envolvimento no crime. Em novembro do ano passado, Fernando Assis Cardoso Silva, de 38 anos, acusado de conduzir em uma motocicleta o executor do assassinato, foi condenados a 10 anos e 9 meses de prisão, no regime fechado.
Os outros dois réus no processo, Ricardo Barbosa Macedo, de 25 anos, e a mãe dele, Marcilene do Socorro Barbosa Macedo, de 43 anos, foram condenados por formação de milícia privada e organização paramilitar, a penas de 5 anos e 5 meses, cada, em regime semiaberto, já que estavam presos há mais de três anos. Os jurados não reconheceram a participação dos dois no homicídio.
De acordo com as investigações e a denúncia do Ministério Público, todos os quatro condenados eram membros da facção criminosa Comando Vermelho. À época do crime, Marcilene Macedo era mulher de um faccionado preso.
Guerra declarada
O sargento do Batalhão Ambiental, Josevaldo da Silva, de 43 anos, foi assassinado com oito tiros, no dia 14 de maio de 2019, por volta das 22 horas, em via pública, na Rua das Mangueiras, no Bairro Água Boa, em Outeiro, quando retornava para casa.
Os criminosos estavam escondidos esperando a passagem do policial em sua motocicleta e depois da execução, roubaram a arma da vítima, que ainda chegou a ser socorrida, mas não resistiu aos ferimentos.
Conforme a denúncia, o executor do crime foi Yorran Ribeiro Messias, que posteriormente acabou morto em troca de tiros com a polícia. A ordem teria sido dada de dentro da cadeia por Renê Pinheiro, liderança do Comando Vermelho, que estava em guerra declarada aos agentes de segurança pública. Na época, 28 agentes de segurança foram executados por bandidos.