Em um vídeo que circula nas redes sociais, um morador de Ourilândia do Norte, no sudeste paraense, denuncia o abandono das obras de um hospital de grande porte, que está sendo depredado pela ação do tempo e vandalismo.
Segundo o morador, trata-se de um hospital de 120 leitos, cujo projeto inicial era atender os municípios de Xinguara, Agua Azul do Norte, Ourilândia, Tucumã e São Felix do Xingu, desafogando o Hospital Regional de Redenção.
De acordo com informações apuradas pelo Ver-o-Fato, as obras foram paralisadas depois que a mineradora Vale interrompeu as operações do projeto Onça Puma de níquel, um dos maiores do mundo, por decisão da justiça.
Com o projeto parado, a prefeitura local teve perda de R$2 milhões de receita ao mês, inviabilizando vários serviços prestados à comunidade, inclusive o término do hospital, além do fechamento de uma escola e dois postos de saúde da zona urbana.
A empresa Vale é suspeita de ter contaminado o rio Cateté, que corta terras indígenas dos índios Xikrin e Kayapó. Cerca de 1.300 indígenas habitam a região e já foram registrados casos de malformação fetal e doenças graves comprovadas em exames.
A Vale nega as acusações de contaminação ambiental e diz que possui laudos que demonstram que a poluição dos rios não está ligada à atividade mineral na região.
Veja o vídeo:
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