Os catorze anos no poder fizeram com que os petistas engordassem seus
quadros na máquina pública. No momento em que a presidente Dilma
Roussef deixou o cargo, na semana passada, filiados ao PT ocupavam
fatias significativas de cargos comissionados na administração federal.
São ao todo 10 mil petistas entre os 107.121 funcionários lotados em
postos de confiança no Executivo federal. Ou seja, cerca de 10%. A
estimativa foi feita pelo jornal “O Globo” a partir do cruzamento de
nomes de filiados, disponível no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), com a
lista de comissionados do Portal da Transparência do governo.
quadros na máquina pública. No momento em que a presidente Dilma
Roussef deixou o cargo, na semana passada, filiados ao PT ocupavam
fatias significativas de cargos comissionados na administração federal.
São ao todo 10 mil petistas entre os 107.121 funcionários lotados em
postos de confiança no Executivo federal. Ou seja, cerca de 10%. A
estimativa foi feita pelo jornal “O Globo” a partir do cruzamento de
nomes de filiados, disponível no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), com a
lista de comissionados do Portal da Transparência do governo.
O
levantamento inclui servidores concursados que também ocupam cargos de
confiança. São postos de trabalho principalmente nos segundo e terceiro
escalões. E já são alvo de cobiça entre os partidos que apoiam Michel
Temer, que tenta administrar o assédio. Resta saber se ele vai resistir à
tentação de fazer a partilha dos cargos, agradando sua base aliada e
recebendo, em troca, o apoio no Congresso Nacional.
levantamento inclui servidores concursados que também ocupam cargos de
confiança. São postos de trabalho principalmente nos segundo e terceiro
escalões. E já são alvo de cobiça entre os partidos que apoiam Michel
Temer, que tenta administrar o assédio. Resta saber se ele vai resistir à
tentação de fazer a partilha dos cargos, agradando sua base aliada e
recebendo, em troca, o apoio no Congresso Nacional.
A ordem, como já
declarou o peemedebista, é reduzir gastos. O presidente quer que os
novos gestores apresentem em até 30 dias, contados a partir da data de
posse, uma relação de cargos comissionados passíveis de corte. Essa
missão será do ministro do Planejamento Romero Jucá.
declarou o peemedebista, é reduzir gastos. O presidente quer que os
novos gestores apresentem em até 30 dias, contados a partir da data de
posse, uma relação de cargos comissionados passíveis de corte. Essa
missão será do ministro do Planejamento Romero Jucá.
Os exemplos de numerosos quadros petistas se avolumam nos
ministérios. No do Desenvolvimento Agrário (MDA), comandado até a
quinta-feira 11 pelo deputado federal Patrus Ananias, de Minas Gerais,
um quarto dos servidores comissionados, pouco mais de 250, é de pessoas
filiadas ao PT. Comandado por petistas desde o primeiro mandato do
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e responsável por políticas
fundiárias e agricultura familiar, o ministério é, proporcionalmente, a
área do governo federal mais aparelhado pela legenda.
ministérios. No do Desenvolvimento Agrário (MDA), comandado até a
quinta-feira 11 pelo deputado federal Patrus Ananias, de Minas Gerais,
um quarto dos servidores comissionados, pouco mais de 250, é de pessoas
filiadas ao PT. Comandado por petistas desde o primeiro mandato do
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e responsável por políticas
fundiárias e agricultura familiar, o ministério é, proporcionalmente, a
área do governo federal mais aparelhado pela legenda.
Petistas integram
ainda a presidência e parte da direção do Instituto Nacional de
Colonização e Reforma Agrária (Incra), órgão subordinado à pasta e que
responde por 75% do seu orçamento. Com o afastamento de Dilma, o MDA
será um dos órgãos que mais impacto sofrerá. A tendência, segundo
dirigentes, é que ocorra uma debandada de filiados e apoiadores da
sigla.
ainda a presidência e parte da direção do Instituto Nacional de
Colonização e Reforma Agrária (Incra), órgão subordinado à pasta e que
responde por 75% do seu orçamento. Com o afastamento de Dilma, o MDA
será um dos órgãos que mais impacto sofrerá. A tendência, segundo
dirigentes, é que ocorra uma debandada de filiados e apoiadores da
sigla.
O primeiro da fila é Patrus, que retornará à Câmara para fazer
oposição ao peemedebista. A pasta da Educação é a que tem mais postos de
confiança. São 47,9 mil. O Ministério da Fazenda aparece em segundo
lugar, com 7,6 mil cargos comissionados. A Presidência da República – e
seus diversos órgãos, como a Casa Civil e a Secretaria de Governo –
aparece em terceiro lugar na lista, com 6 mil cargos.
oposição ao peemedebista. A pasta da Educação é a que tem mais postos de
confiança. São 47,9 mil. O Ministério da Fazenda aparece em segundo
lugar, com 7,6 mil cargos comissionados. A Presidência da República – e
seus diversos órgãos, como a Casa Civil e a Secretaria de Governo –
aparece em terceiro lugar na lista, com 6 mil cargos.
Os cargos comissionados não dependem de concurso para serem
preenchidos, pois são de livre nomeação e exoneração. Mas um decreto de
2005, primeiro mandato do ex-presidente Lula, estabeleceu limites para a
indicação de servidores.
preenchidos, pois são de livre nomeação e exoneração. Mas um decreto de
2005, primeiro mandato do ex-presidente Lula, estabeleceu limites para a
indicação de servidores.
A norma impôs que 75% dos cargos de confiança
nos níveis mais baixos, conhecidos como DAS 1, 2 e 3, devem ser
obrigatoriamente preenchidos por funcionários de carreira. No caso dos
DAS 4 e 5, os mais altos, são de livre provimento. Um estudo recente do
Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) concluiu que a maior
parte dos servidores comissionados não faz parte de partidos políticos e
que a presença de filiados na administração pública é mais comum nas
legendas “orgânicas”, como o PT.
nos níveis mais baixos, conhecidos como DAS 1, 2 e 3, devem ser
obrigatoriamente preenchidos por funcionários de carreira. No caso dos
DAS 4 e 5, os mais altos, são de livre provimento. Um estudo recente do
Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) concluiu que a maior
parte dos servidores comissionados não faz parte de partidos políticos e
que a presença de filiados na administração pública é mais comum nas
legendas “orgânicas”, como o PT.
No caso petista, a possível troca de
governo pode representar mais um baque para as contas do partido.
Filiados em cargos de confiança doaram R$ 7 milhões ao PT em 2014,
segundo última prestação de contas disponível no Tribunal Superior
Eleitoral (TSE). O número representa cerca de 2% da receita de R$ 342,4
milhões. ( Marcelo Rocha, da Isto É)
governo pode representar mais um baque para as contas do partido.
Filiados em cargos de confiança doaram R$ 7 milhões ao PT em 2014,
segundo última prestação de contas disponível no Tribunal Superior
Eleitoral (TSE). O número representa cerca de 2% da receita de R$ 342,4
milhões. ( Marcelo Rocha, da Isto É)
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