O Tiozão do Zap é termo que nomeia aquela pessoa que leva a sério demais as teorias da conspiração. Toda família tem um ou dois. Geralmente são irredutíveis quando acreditam em uma informação no mínimo questionável. A fonte? Sempre um site duvidoso ou um grupo de wpp, geralmente aquele da bola, do trabalho ou algo como “Amigos do Tanajura”.
Nesse período em que, finalmente, a vacina se avizinha, eles estão certos de que as doses contém chips, que fazem parte de um plano iluminati e até que farão seres humanos virarem jacaré, sendo que todo mundo sabe que no máximo nos transformará em um calango.
Se nos EUA os antivacinas vêm ganhando cada vez mais adeptos com suas teorias inusitadas, aqui no Pará o povo já criou maneiras de rebater os potoqueiros. O método é simples e consiste apenas em mostrar para o Tiozão do Zap que ele já fez, como paraense, coisas muito mais perigosas do que tomar uma vacina que foi feita por uma mobilização econômica e científica sem precedentes na história. É básico e eficaz, talvez deveria até ser exportado para OMS.
A cartilha versa que ao ser interpelado pelo tiozão tentando te convencer que a vacina vai te transformar em morcego, muito embora fosse ótimo poder voar e dormir de cabeça para baixo, você responde com um dos argumentos a seguir:
– Meu amigo, você já tomou aquele açaí, na promoção, que vinha com água oxigenada e papel higiênico para ficar mais grosso? você comia toda santa vez, no estacionamento do Mangueirão, aquele churrasquinho de gato depois da vitória do papão/leão, com direito a compartilhamento de colher da farofa com mais 1.200 pessoas?
E mais – meu amigo: na tua infância tu cansaste de tomar banho no canal da 3 de Maio, durante o alagamento, e ainda brincavas de surfista com geladeiras abandonadas no córrego? Também já cometeste o desatino de comer manga e, logo após, tomar suco de cupuaçu; sem falar que comeu maniçoba sem estar certo do seu tempo de cozimento?
Mesmo depois de tudo isso, ainda tens medo de vacina? Impossível!
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