Eles estavam desaparecidos desde domingo passado, 24, quando se juntaram para caçar. Ontem, porém, após intensas buscas e localização dos corpos, pela Polícia Federal, em uma área de mata, os familiares reconheceram que os mortos eram os três jovens. Os corpos estão sendo velados na Câmara Municipal de Novo Repartimento, no sudeste do Pará.
As vítimas foram identificadas como Cosmo Ribeiro de Sousa, José Luís da Silva Teixeira e Willian Santos. Há detalhes aterrorizantes na descoberta dos corpos: os très teriam sido torturados e, depois, enterrados na mesma cova, possivelmente ainda vivos. Os corpos teriam ficado um sobre o outro e todos deitados com o rosto para a terra.
De acordo com os relatos, eles também estavam com as mãos atadas para trás, assim como as pernas amarradas. O trabalho da PF para encontrar os corpos teve o apoio da Força Nacional de Segurança, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, e Polícia Rodoviária Federal, envolvendo cerca de 150 homens e toda cautela para saber onde as vítimas estavam, pois há um clima de tensão entre moradores da região e os índios parakanã por conta da ocupação das terras por estranhos.
A ordem judicial para as buscas foi emitida ainda na quinta-feira, 28, pelo juiz federal Heitor Moura Gomes, da Subseção Judiciária de Tucuruí. A reserva parakanã tem cerca de 350 mil hectares. Os corpos foram liberados pelos médicos-legistas da Polícia Científica de Marabá, na madrugada deste domingo, 01.
A PF informou que as investigações continuam até que sejam identificados os autores da matança. Os próprios indígenas parakanã, segundo o Ministério Público Federal (MPF) manifestaram apoio às buscas. Eles também pediram ajuda às autoridades para garantir a segurança da etnia contra invasores.
O clima na região é de extrema tensão. As autoridades federais terão de encontrar uma saída para evitar que os conflitos alcancem o que ninguém espera: confrontos armados e mortes entre comunidades que ocupam parte do território indígena e os parakanã. (Do Ver-o-Fato, com informações do Correio de Carajás)