O sargento da Polícia Militar do Pará, Marivaldo Lopes da Silva, de 49 anos, que estava cedido para a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), é a nova vítima do crime organizado que domina as penitenciárias do Pará. Ele foi morto a tiros por bandidos nesta noite de segunda-feira,12, por volta das 21h30, no Bairro Novo, em Marituba, onde morava. Um dos assassinos do militar foi morto durante a fuga, após o crime.
O Ver-o-Fato ainda tenta obter mais detalhes sobre a execução do militar, porque as informações ainda são escassas, mas a morte de Marivaldo deixou em alerta a corporação e os quartéis. As informações do serviço de inteligência policial dão conta de que as organizações criminosas receberam ordens de dentro dos presídios – como o Ver-o-Fato divulgou no começo desta tarde – para caçar e matar policiais militares.
Atentado no Telégrafo
Enquanto Marivaldo era morto em Marituba, quase que no mesmo horário outro policial militar também sofria atentado, na rua Curuçá, no bairro do Telégrafo, em Belém. Trata-se do subtenente da reserva da PM, Valmir Coelho da Silva. Ele escapou dos bandidos e conseguiu balear dois deles, sendo que um morreu no local.
O morto tinha em uma das pernas uma tornozeleira eletrônica. Ou seja, estava liberado da cadeia. E, seguindo ordens de comparsas, decidiu matar policiais. Deu errado, para ele.
Viaturas da PM estão nas ruas, enquanto nos quartéis a vigilância foi reforçada. Em contato há pouco com o Ver-o-Fato, um militar foi taxativo: ” nós choramos por nossos colegas que estão morrendo, mas esses bandidos não vão intimidar a corporação”.
Esta noite em Belém e Região Metropolitana promete ser tensa e agitada.