A palavra “quarentena”, de origem vêneta, designava o período de quarenta dias de isolamento de todos os barcos antes que passageiros e tripulantes desembarcassem, durante a Peste Negra, no século 14. Na época, as autoridades defendiam o povo dos espíritos maus, e não de microrganismos, dos quais nem suspeitavam. Modernamente, quarentena é isolamento, como o dos bandidos nas penitenciárias.
Vários governadores brasileiros defendem a paralisação total do setor econômico. Estarão aproveitando a atual quarentena para varrer da sociedade os que não têm nada para comer em casa, nem condições de fazer pedidos aos supermercados? No Brasil, há uma parcela da população que vive nababescamente nos seus cabides de emprego, e outra que come lixo.
Agora, a quarentena foi imposta devido a uma pandemia do novo coronavírus. A coisa começou de novo na China, país de regime totalitário. Ninguém sabe o que se passa na China. Em janeiro deste ano, centenas de chineses já haviam morrido sufocados pelo vírus. Em 11 de março, o surto foi declarado pandemia e, desde então, já morreram mais de 1,1 milhão em todo o planeta.
Coronavírus são conhecidos desde meados dos anos 1960. São transmitidos por diversos animais e de pessoa para pessoa, por tosse, espirro e contato pessoal ou de objeto contaminado, causando infecções respiratórias com falta de ar, tosse, dor muscular e de cabeça, e febre. Na China, as vítimas fatais viviam geralmente em temperatura abaixo de zero grau e estresse que só um sistema político totalitário produz.
A Gripe Espanhola, em 1918, matou 100 milhões de pessoas no mundo, 5% da população mundial, 35 mil só no Brasil. O vírus foi observado inicialmente nos Estados Unidos. Soldados americanos o levaram para a Europa na Primeira Guerra Mundial. Foi chamada de Gripe Espanhola porque a Espanha, que não entrou na Primeira Grande Guerra e tinha a imprensa livre, noticiou-a fartamente. Seu vírus é comum entre mamíferos e aves, e os sintomas são tosse, dor de garganta, febre, dores nos músculos e juntas, fraqueza, calafrios e prostração. O contágio se dá por perdigotas.
Em 2009, o vírus da Gripe Espanhola, H1N1, do tipo A, assustou novamente o mundo. Mas a vacina já tinha sido criada. Acredito que a vacina contra o coronavírus logo será criada também. Contudo, é importante destacar, a vacina, aquela que imuniza contra todos os males, é o esforço de cada um de não poluir, de se informar devidamente sobre o que é o conjunto de cuidados a que chamamos de higiene, e, sobretudo, como disse Jesus Cristo, amar o próximo como a si mesmo. Inclusive os animais.
E vírus é só um dos demônios microscópicos. A Peste Negra, ou Morte Negra, causada por uma bactéria que se hospeda na pulga de roedores, principalmente do rato preto indiano, matou, entre 1346 e 1353, metade da população mundial: matou 200 milhões de pessoas. É fato que um século antes disso, o imperador mongol Gêngis Khan conquistou a Eurásia setentrional, incluindo a Manchúria, na China. Pois bem, os mongóis teriam sido infectados no Himalaia pela peste, onde o rato preto mandava. A peste se espalhou para a Europa no século 14, levada pelos mongóis e também via Constantinopla. Já no século 19, a Peste matou 12 milhões de pessoas na China e Índia.
A poluição, que causa desequilíbrio nos ecossistemas, inclusive do ecossistema do corpo humano, provocado por reações químicas e energéticas tóxicas, enfraquece o sistema imunológico, que é a melhor vacina contra vírus. Vacinas são vírus enfraquecidos que se injeta numa pessoa para que um exército de células guerreiras partam para matá-los. Há pessoas que estiveram em situações nas quais poderiam se infectar com o vírus da Aids e não se infectaram, pois estão com o sistema imunológico em alto astral. Um tipo de poluição muito comum é comer animais.
Tenho ouvido pessoas comentarem com nojo, raiva e arrogância que os chineses comem tudo o que se mova, até cachorro, mas nós apreciamos dos testículos ao cérebro de boi, passando pelo filé. Nesse quesito, boi, cachorro, gato, morcego, rato, e carne humana, contêm proteína. Tanto faz comer carne de boi, de cachorro, de gato, ou humana, o problema está na vibração provocada pelo sofrimento dos animais de corte, caçados, aprisionados, torturados e mortos; esse sofrimento potencializa a poluição material e transforma a harmonia do genoma em caos, levando às emoções vis e até à loucura.
Médiuns, como o astrofísico Laércio Fonseca, em contato com espíritos de luz, têm trazido do mundo espiritual informações à frente bilhões de anos da ciência humana. Por exemplo: tanto a Terra quanto nossos corpos foram criados por engenheiros astrais, assim como vírus. Vírus, do latim virus, veneno, ou toxina, estão em toda parte, são extremamente pequenos e inertes, mas dentro de uma célula viram o cão. Em poucas horas multiplicam-se aos milhares, infectando qualquer animal. Só foram descobertos e combatidos em passado recente.
A tortura, matança e consumo de animais, de corte ou selvagens, as guerras, os crimes bárbaros, a poluição, a busca desenfreada por dinheiro e prazer, a loucura, a poluição, afetam os microrganismos, os que vivem dentro de nós e os que entram em nós, levando-os a nos atacar de forma fulminante.
Eu ainda como carne, porque ainda preciso de proteína animal, mas, ao fazê-lo, oro e agradeço a todos que me proporcionaram aquela refeição, e ao próprio alimento, até o dia em que, ainda nesta encarnação, ou em outra, não sinta mais necessidade de me alimentar de animais, principalmente mamíferos, que vibram de forma semelhante a nós, humanos.
Quando comemos a carne de uma vaca, que, desde seu nascimento foi imobilizada, e quando estava pronta para procriar foi fertilizada manualmente todo o tempo, para produzir bastante leite, a ponto de seu peito criar pus crônico, e, por volta dos quatro anos desfalecer, esgotada, e então ser arrastada para o abatedouro, onde foi esfaqueada e esquartejada, seguindo para o açougue, e, de lá, para a churrasqueira, ou a panela, quando comemos essa vaca, nosso perispírito vomita, e os microrganismos que estão dentro de nós, que normalmente nos ajudam a digerir os alimentos, recebem a vibração de medo e de raiva dessa vaca.
A epidemia de coronavírus na China é um resgate cármico, coletivo. Carma é a lei universal de causa e efeito, ato e consequência, plantar e ser obrigado a colher. Um pensamento que seja, uma palavra, uma ação, cria causa, boa ou má, e, por conseguinte, efeito. Por exemplo: alguém que impõe sofrimento a qualquer ser vivo experimentará também sofrimento, assim como uma pessoa que gera felicidade será feliz. Todos nós somos herdeiros dessa lei inexorável, que rege os planos físico e espiritual, bem como tudo o que existe no Universo, pois tudo está interligado.
O plano fenomênico é cheio de imperfeições, obstáculos, caos. Nada é permanente, tudo se transforma, às vezes, subitamente. A caminhada requer trabalho constante e atento, nunca desestimulado, como um farol aceso mesmo nas mais terríveis tempestades. Assim, quando evoluímos e mudamos nosso destino, mudamos nosso DNA, e saímos dos carmas coletivos. Mesmo aqui, na superfície da Terra, podemos semear luz.
Nada, nem vírus, podem contra a luz. Luz, neste caso, é higiene, saneamento, serenidade, mesmo diante da guerra, da fome e do caos, e amor.
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