No começo deste ano, o Ver-o-Fato mostrou os moradores do Distrito de Outeiro comemorando a chegada de uma nova empresa de ônibus na ilha. No mesmo período, o Ver-o-Fato também mostrava as dificuldades dos moradores do Conjunto Maguari quando o assunto era o transporte público: nos últimos anos, os ônibus do Conjunto haviam ficado escassos, trazendo mais gasto, insegurança e muita irritabilidade.
Os moradores reclamavam que chegavam atrasados nos compromissos porque os horários dos ônibus eram como uma loteria. Para não atrasar, eram obrigados a caminhar por longas distâncias ou pegar um mototáxi – que em média cobra 4 reais – para chegar até a Avenida Augusto Montenegro e, enfim, conseguir um ônibus de uma outra linha para chegar ao destino.
Na volta para casa, no período da noite, era ainda pior, pois além de não saber se poderia contar com os coletivos da linha que trafegava pelo Conjunto, a caminhada pelas ruas já sem grande movimentação trazia o constante medo de assaltos, que não foram poucos.
Os moradores fizeram diversas reclamações junto à empresa que mantém os ônibus na região, bem como a Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana de Belém (Semob) e finalmente, depois de muito tempo, uma frota de pelo menos 16 veículos chegou no Maguari desde o início desta semana.
A chegada dos veículos foi motivo de alegria e surpresa para os moradores que já estavam desacreditados de haver melhorias. Talvez por isso, houve um grande número de registros em vídeo e fotos da nova frota e da reativação do final da linha, que fica localizada na Rua Secundária. Pelos grupos de mensagens dos moradores, não se fala de outra coisa.
Rua ruim
Agora os ônibus saem de 10 em 10 minutos, desde às 5 horas da manhã. Nesses primeiros dias, os ônibus têm saído bem menos lotados, o que para alguns moradores se deve ao fato de que pouca gente ainda sabe da novidade, o que também preocupa, já que a empresa pode diminuir a frota sob a justificativa de que há muito veículo para poucos passageiros.
O problema da quantidade de fato já está resolvido, porém, começam a surgir questionamentos quanto a qualidade, já que usuários estão relatando que veículos têm ficado no prego ou mesmo sem condições internas para deficientes, como os assentos e acessibilidade. Além disso, há as péssimas condições da Rua Secundária, onde fica o final da linha. É impossível trafegar sem cair em um dos vários buracos presentes na via, o que fica a cargo da Prefeitura de Belém viabilizar.
Veja algumas imagens registradas por moradores: