O Tribunal do Júri da Comarca de Monte Alegre, na Região do Baixo Amazonas, condenou o réu Benonias Esquerdo da Costa a 92 anos de prisão pelos assassinatos da mulher e duas crianças, suas enteadas, em 2017. O crime bárbaro chocou a população da cidade na época.
As vítimas, Diana Gomes de Moraes, de 34 anos, e os filhos dela, Thavine Emanuele Gomes Monteiro e Richarlison Gomes Monteiro (filhos), de 11 e 7 anos, foram mortas a golpes de facas, nas regiões do tórax e rostos. O promotor de justiça Luciano Augusto Araújo da Costa ofereceu a denúncia contra o acusado ainda em 2017.
De acordo com o processo e as investigações da Polícia Civil, na noite de 10 de maio de 2017, na comunidade de Camará, zona rural de Monte Alegre, Benonias da Costa conscientemente “por motivo fútil e executando sua conduta de modo cruel’’, matou sua ex-companheira e os dois filhos dela, de 7 e 11 anos.
Os crimes ocorreram após uma discussão do assassino com a mãe das crianças sobre o fim do relacionamento. O julgamento ocorreu na sexta-feira passada.
‘’Evidente era a intenção do denunciado de ceifar a vida das vítimas, conduta esta praticada no âmbito das relações domésticas e familiares caracterizando a violência de gênero contra a vítima mulher, agindo de maneira que dificultou ou impossibilitou a defesa das vítimas, de modo cruel, sendo possível perceber que o ilícito foi perpetrado por motivo que se revela insignificante e desproporcional, portanto, fútil, praticando ainda sua conduta contra pessoa menor de quatorze anos de idade”, sustentou o promotor Luciano Augusto da Costa.
No tribunal do júri, Benonias Esquerdo da Costa foi condenado a 92 anos de prisão em regime fechado.
O réu foi preso após ter matado a golpes de faca a mulher e as duas crianças próximo à comunidade Três Bocas, localizada na zona rural de Monte Alegre, no oeste do Pará. O crime aconteceu na casa onde a família morava. A arma do crime foi encontrada e apreendida junto com o assassino, que estava ferido com uma perfuração no peito, provavelmente, por tentar cometer suicídio.
Após a prisão, os policiais o levaram ao Pronto Socorro Municipal, onde ele foi socorrido e encaminhado à Delegacia de Polícia Civil, onde foi indiciado por triplo homicídio.
Revoltada, a população fez um protesto em frente ao hospital. A Polícia Militar foi acionada para controlar a situação e não deixar o prédio ser invadido.
Família e amigos estavam inconformados com o crime e buscavam respostas para entender a violência com que ela e os dois filhos, foram mortos. Na época, centenas de pessoas participaram do velório e prestaram homenagens às vítimas.
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