Uma milícia fortemente armada, acusada de matar 12 pessoas e tentar matar outras três na Grande Belém, foi desarticulada pela Delegacia de Homicídios, com a prisão do líder e dois comparsas, em cumprimento a mandados de prisão e de busca e apreensão expedidos pela justiça estadual.
Entre os presos está um ex-policial militar. As prisões aconteceram durante a operação Reduto, coordenada pela Divisão de Homicídios (DH), que desarticulou o grupo criminoso, composto por 10 pessoas, incluindo o líder, capturado ontem.
De acordo com a Polícia Civil, a investigação iniciou há aproximadamente um ano e sete meses, após um triplo homicídio ocorrido no mês de dezembro de 2019, no bairro do Reduto. Na ocasião, três homens que trabalhavam reparando e lavando carros foram executados a tiros. Durante esse período, sete pessoas foram presas, enquanto as investigações avançavam, chegando no líder do grupo e mais duas pessoas.
O grupo criminoso é investigado por cometer 12 homicídios e três tentativas, além de extorsões a comerciantes ao tentarem atuar com serviços de segurança privada na área comercial. As motivações são diversas, incluindo dividas por tráfico de drogas, animosidades pessoais e dividas de comerciantes.
Segundo o delegado-geral, Walter Resende, as investigações apontaram que os crimes são típicos de execução, com o mesmo modus operandi. “Com estas prisões vamos conseguir elucidar os 15 crimes e, provavelmente, outros homicídios cometidos na capital serão esclarecidos. Certamente com a prisão do mentor desse grupo e apreensão do armamento, vamos diminuir expressivamente o número de homicídios e execuções na Região Metropolitana de Belém, garantindo assim a segurança da população”, disse.
Durante a operação com cerca de 100 agentes e o apoio da Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (CORE), também foram apreendidas 15 armas de fogo, munições, materiais para confecção de armas caseiras e material metalúrgico, utilizados nos delitos e armazenados em um deposito na área comercial de Belém.