Durante entrevista coletiva, realizada na tarde desta segunda-feira, a equipe de médicos do Hospital Porto Dias, responsável pela saúde do prefeito Edmilson Rodrigues, relatou, com detalhes – veja o vídeo, no final, com 50 minutos de conversa com os jornalistas -, os momentos difíceis que ele enfrentou ao chegar no final da tarde de sábado naquele hospital.
Em resumo: o pior já passou, mas as próximas 48 horas são importantes para avaliar a evolução do quadro de saúde. O ponto de maior observação dos médicos é se o organismo de Edmilson estará produzindo os fatores que levam à coagulação do sangue, o que estava “sendo inibido pela medicação, que levou ao grande sangramento que ele sofreu e que foi retirada no momento da internação”. Feito isso, os procedimentos de retirada de sangue da caixa torácica e cauterização foram realizados com sucesso.
Uma síntese do que disseram os médicos:
André Nunes, pneumologista: “a dose maior de anticoagulante foi ministrada porque foi detectado um coágulo na panturrilha de Edmilson”. Há 26 dias, o prefeito foi infectado por uma doença que se “manifestou de forma agressiva”. No primeiro momento, o organismo dele reagiu bem ao ataque do vírus, “mas na parte final detectamos que havia um coágulo na perna dele”.
Nunes explicou que “quando há coágulos maiores, prescrevemos anticoagulante, que previve a trombose, mas aumenta o risco de sangramento”. Foi o que ocorreu com o prefeito no momento em que ele chegou ao Porto Dias. Quanto ao pulmão, disse que o órgão tem “aspecto saudável após a limpeza de áreas” e que “não há perspectiva de que volte a ter sangramento”.
Rômulo Nina, médico e superintendente do Porto Dias: “os exames revelaram que há nenhum sangramento desde ontem”. Isso é positivo para a fase de monitoramento nas próximas horas.
Rita Medeiros, infectologista: “o prefeito foi contaminado pela variante Delta, que é a mais transmissível”. Segundo Rita, o fato de Edmilson ter tomado duas doses da vacina contra a covid-19, “certamente o beneficiou para não ter um quadro ainda mais grave”. Sobre a Delta, ela esclareceu que essa variante tem se propagado por todo o país e que no Pará ela está circulando. “É preciso que as pessoas tenham atenção, se vacinem e adotem as medidas de prevenção”, que consistem em higienização das mãos, uso de máscara e distanciamento social.
Veja a íntegra da entrevista dos médicos: