A triste realidade da criminalidade envolvendo menores de idade é, mais uma vez, evidenciada em um recente episódio ocorrido no começo deste ano de 2024, em Marabá, no sudeste paraense. O assaltante que protagonizou um ato de violência, mantendo uma família refém durante a virada do ano, tinha apenas 15 anos de idade, lançando luz sobre as complexas ramificações do envolvimento precoce de jovens em atividades criminosas.
Identificado com as iniciais D.G.S, o adolescente foi morto pela Polícia Militar durante um confronto armado decorrente da tentativa de assalto. A mãe do garoto fez a dolorosa identificação do corpo, revelando a angústia de uma família que, de certa forma, já vivia o drama do desaparecimento do jovem.
Contrariando especulações iniciais, o menor era originário de Parauapebas, o que torna o episódio ainda mais próximo da comunidade local. A mãe, inicialmente acreditando que seu filho estava desaparecido, viu-se diante da trágica confirmação ao reconhecê-lo no necrotério do IML e nas imagens divulgadas após o confronto.
O delegado Melquisedeque Ribeiro, da 20ª Seccional Urbana de Polícia Civil, destaca que a identificação do assaltante foi feita pela mãe, que deverá prestar mais informações sobre a vida pregressa do jovem durante o processo de investigação. A tragédia se torna um retrato cruel das ramificações sociais que levam jovens para caminhos perigosos, muitas vezes envolvendo-se em atividades criminosas e, eventualmente, encontrando um destino até certo ponto já previsto.

Ação legítima, diz polícia
A ação policial que resultou na morte do garoto é considerada legítima pelas autoridades, destacando a complexidade e o perigo enfrentados pelas forças de segurança ao lidar com criminosos cada vez mais jovens. O episódio em Marabá, com a tentativa de assalto, reflete não apenas a vulnerabilidade das vítimas, mas também a urgência de abordagens sociais e educacionais para prevenir o envolvimento precoce de jovens em atividades que violam as leis.
A história dele serve como alerta sobre a necessidade de investimentos em políticas sociais, educacionais e de segurança para proteger jovens vulneráveis e oferecer alternativas ao caminho perigoso que, muitas vezes, resulta em prisão ou morte prematura.
Entenda o caso
Conforme divulgado pelo Correio de Carajás, dois criminosos invadiram uma casa e mantiveram um casal refém enquanto faziam um ‘limpa’ na residência localizada na Avenida Jabuticaba, Residencial Martini.
Mas o roubo foi informado a uma guarnição da Polícia Militar que foi até o local e deu de cara com os criminosos saindo pela garagem com a camionete dos reféns. Um dos homens (agora identificado como Douglas) atirou na direção dos militares, que revidaram, acertando o acusado.
O casal contou à polícia que os criminosos tinham uma arma de fogo e obrigaram o casal a abrir o cofre da residência, onde havia mais três armas, que eles roubaram também.
Na ocasião, a polícia informou que o outro assaltante chegou a ser visto na garagem da casa, mas correu para dentro do imóvel, conseguindo fugir por cima do muro.
O casal foi amarrado dentro da residência e só conseguiu escapar com a chegada da PM.
Dentro do veículo em que o homem foi interceptado estavam todas as armas roubadas, além das alianças do casal, um colar de ouro, R$ 461 em dinheiro e várias munições.Quanto ao comparsa do que morreu, apesar de ter sido montada uma operação para tentar pegá-lo, a polícia tão teve sucesso e ele continua foragido. (Do Ver-o-Fato, com informações do Correio de Carajás)