Duas irmãs, ambas de 11 anos, e com transtorno do espectro autista (TEA), teriam sido vítimas de violências sexuais e ameaças em uma escola pública de Fortaleza, no bairro Presidente Kennedy. Segundo a mãe das crianças, autora da denúncia à Polícia, o suspeito seria um funcionário da instituição.
De acordo com o boletim de ocorrência sobre o caso, registrado no último 14 de maio, as meninas foram abordadas por um servidor terceirizado da Escola Municipal de Educação Infantil e Ensino Fundamental (EMEIEF) Gabriel Cavalcante, que, com a promessa de “doces”, as aliciou para um dos banheiros da unidade, onde forçou relações sexuais com as duas e as ameaçou com uma faca se contassem para alguém o que tinha acontecido.
O caso só chegou ao conhecimento da mãe, que terá sua identidade preservada, no último dia 7, quando uma das filhas decidiu revelar os abusos sofridos por ela e a irmã. “Foi um choque. Senti o chão abrir debaixo dos meus pés. Uma sensação de ser inútil, de não estar lá na hora para acabar com a raça desse desgraçado”, desabafou a familiar.
Conforme os relatos das crianças à mãe, os crimes foram cometidos entre março e abril. Com medo das intimidações do criminoso, elas, inicialmente, guardaram o segredo, mas, como tradicionalmente ocorre em casos de violência sexual infanto-juvenil, aos poucos, as pequenas mudaram de comportamento, o que preocupou a família.
O “possível caso de estupro de vulnerável” é investigado pela Delegacia de Combate à Exploração da Criança e do Adolescente (Dceca). Em nota, a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) informou que o crime foi registrado no dia 14 de maio e que a unidade ainda “realiza oitivas e diligências com o intuito de elucidar o caso”. Com informações do G1