O livro “A Madona de Plácido – Crônicas da história de uma Cidade e seu orago” é um exercício literário que propõm uma imersão na história do culto a Nossa Senhora de Nazaré associado ao desenvolvimento da cidade de Belém. Esse mergulho propõe ao leitor a percepção de que uma história está fundida a outra como a liga de uma aliança forjada em ouro e cobre.
O livro foi lançado no último dia 25, na Capela do Palácio Lauro Sodré e estará disponível na 24ª Feira do Livro, a partir de amanhã, quarta-feira, 01 de dezembro, às 16h30, no estande da Imprensa Oficial do Estado do Pará (Ioepa).
Segundo autor da obra, José Roberto Ribeiro, é nessa perspectiva que ele lança “uma luz sobre alguns aspectos e circunstâncias de natureza geográfica, histórica, política e social, nas dimensões: regionais e internacionais para que se possa, minimamente, compreender alguns momentos de nossa micro história e como ela se insere no cenário da história universal, fato que para alguns de nós é completamente desconhecido”.
Que fatos foram esses que ocorreram na cidade de Belém e no Grão-Pará que estavam diretos ou indiretamente relacionados com a devoção e o culto a senhora de Nazaré? quem eram alguns de seus personagens? como exerceram sua influência na introdução e consolidação da devoção desse culto católico no Grão-Pará? E principalmente; como o desenvolvimento de Belém e a evolução do culto criou com o passar de mais de três séculos esse impressionante “rio de gente”, o Círio de Nazaré.
A narrativa se desenvolve a partir de fatos curiosos que fazem parte do senso comum ecoados pela tradição sobre a gênese do culto e do Círio de Nazaré, em Belém do Pará, como o homem que encontrou a imagem da Santa era apenas um mero caçador errante na mata, ou não? Teria sido mesmo o governador quem mandou pegar a Santa na casa de Plácido para leva-la ao palácio do governo? Foi mesmo para o palácio do governo que ela foi levada?
Segundo a tradição, sim, mas será mesmo? Círio sem a Corda e sem a berlinda? Festa no arraial de Nazaré encerrada antes do fim da quadra Nazarena? Teriam sido mesmo os padres jesuítas que introduziram o culto à senhora de Nazaré no Grão-Pará? Um Círio violento? houve Círio no período da revolução Cabana? A quem pertence o Círio de Nazaré?
Essas e outras perguntas e suas respostas compõem a essência do livro: A Madona de Plácido, um exercício literário que vem contribuir para o fortalecimento da lenda e do mito da tradição mariana em Belém do Pará e ainda: esboçar uma temporalidade histórica da região do Grão-Pará a partir do século XVII.
Vale a pena ler.