Dois jovens acusados de participação na morte de um sargento da Polícia Militar, em outubro de 2018, no bairro do Tapanã, em Belém, foram absolvidos ontem pelo 2º Tribunal do Júri de Belém, presidido pelo juiz Raimundo Moisés Alves Flexa.
Os jurados votaram pela absolvição, por insuficiência de provas, dos réus Michel Mafra Carneiro, de 22 anos, e Marlon Salgado da Silva, de 23 anos, acusados de assassinar o sargento da PM do Pará João Batista Menezes Dias, de 50 anos.
De acordo com o processo, o crime ocorreu por volta das 21 horas do dia 24 de outubro de 2018, na rua Orquídea, no bairro do Tapanã, quando a vítima retornava de motocicleta para casa, na companhia da esposa.
O policial foi abordado e baleado na cabeça por dois homens, que também estavam em uma moto, esperando ele chegar. Após o crime, a dupla fugiu do local. Um terceiro acusado de envolvimento no homicídio foi morto numa operação policial, tendo extinta sua punibilidade.
A decisão dos jurados acompanhou o entendimento do promotor do júri, Edson Augusto Cardoso de Souza, que considerou falta de provas no processo e, por isso, não acusou os réus, pedindo a absolvição deles.
Em interrogatório prestado no júri, Michel Carneiro negou ter participado da morte do policial e disse que foi obrigado a acusar Marlon Silva de participação no crime. O réu alegou que policias mencionaram os nomes de sua mãe e de sua filha e, por temer pela vida de ambas, confessou sua participação e confirmou a participação do outro acusado, com quem já respondeu processo de suposto roubo, em que acabaram absolvidos.
Sobre a morte do policial, o jovem disse que estava numa rua próxima do local do crime, jogando bilhar. Segundo ele, uma semana após a morte do PM, soube que sua foto estava circulando em grupos de WhatsApp, como participe do crime. Temendo por sua vida e de seus familiares, viajou para o Maranhão, onde tem parentes, sendo preso um mês depois do crime numa cidade daquele Estado.
Por sua vez, Marlon Silva disse que foi morador do Tapanã e que se afastou da área por ter sido acusado de estupro de vulnerável, alegando que a adolescente teria lhe acusado injustamente, crime que ainda responde.
O réu disse que Michel Carneiro o acusou por “ter raiva dele por causa do suposto estupro”. Sobre a morte do policial, ele negou ter participação e afirmou que o sargento nunca teve inimizades com pessoas da área.
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