O jornalista Otaciano Carlos Souza Santos, residente em Vila de Beja, encaminhou ofício ao ministro das Minas e Energia, Bento Costa de Albuquerque, pedindo socorro e providências contra a Celpa, por ter cobrado taxas abusivas e ter cortado a energia elétrica do imóvel dele de forma autoritária.
De acordo com o ofício, em 24 de maio de 2019, Otaciano firmou contrato de aluguel com o senhor Geraldo Pereira dos Santos, proprietário do imóvel situado a Travessa Tiradentes, 1484, Vila de Beja, em Abaetetuba, e no ato da assinatura do contrato ficou ciente que o referido imóvel possuía alguns débitos na Celpa, mas desconhecia o montante da dívida.
Assim, no dia 03 de junho de 2019, o jornalista se dirigiu a agencia da Celpa, situada no centro comercial de Abaetetuba, e tomou conhecimento através do negociador, Jairo Farias Moura, que lhe apresentou os débitos da UC 3011609898, e o termo de confissão e parcelamento de dívida, com os seguintes valores: CNR – consumo não registrado – R$ 10.550,52; consumo normal registrado – R$ 16.713,31.
Ministro, diz o reclamante no ofício, “só me restou assinar o referido termo de confissão e parcelamento de dívida, assumindo assim um compromisso de parceria com a Celpa”, O acordo foi da seguinte forma entrada R$ 3.000,00, paga no dia 04/06/19; parcela do consumo não registrado em 24 vezes de R$ 439,61 = R$ 10.550,52; e parcela do consumo normal em 18 vezes de R$ 1.201,98 = R$ 16.713,31.
Segundo Otaciano, ele nunca recebeu uma única fatura em seu endereço, e no dia 26 de setembro de 2019, se dirigiu até a agencia da Celpa para saber dos boletos e foi surpreendido ao imprimir na máquina de autoatendimento da concessionaria, que haviam três faturas em aberto: fatura não recebida vencida em 23/08/19 – R$ 1.549,48; fatura não recebida em 08/2019, vencida em 23/09/19 – R$ 2.580,64; fatura não recebida em 09/2019, vencida em 23/08/19 – R$ 3.324,01. Total – R$ 7.454,13.
Após comunicar o ocorrido ao executivo da Celpa, Francisco Thiago e ao gerente local da empresa, Everaldo, teve no dia seguinte 27 de setembro sua luz desligada, permanecendo até a presente às escuras com sua família. Segundo ele, hoje o débito chega a R$ 33 mil.
“Eu pretendia montar um pequeno negócio, tipo pousada, para receber turistas e movimentar a economia local, pois muita gente está desempregada na região e sem nenhuma perspectiva de vida. Parece, contudo, que a Celpa prefere punir com cobranças absurdas e abusivas quem quer sobreviver e sustentar sua família. Movimentar a economia, só se for a dela”, desabafou Otaciano.
Posicionamento da Celpa
A Celpa informou ao Ver-o-Fato que “está em contato com o cliente para avaliar a situação e apurar o procedimento que foi adotado no caso. Até que esta verificação seja concluída, o débito foi bloqueado, restando apenas o valor referente ao consumo do cliente, que após a realização do pagamento poderá ser solicitado a religação do fornecimento de energia”.
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