Começaram as eleições no ano mais amargo da história. São tempos tão ruins que a disputa vem como alento para tanta energia pesada. É que toda eleição traz um pouco de bom humor, seja sacaneando nosso adversário que perdeu ou nos memes quem são produzidos aos montes nas redes sociais.
Estou ansioso pelos jingles criativos, o porradal (com bandeiras em punho) que é tradicional na Doca e Nazaré, além dos embates emocionantes dos debates.
No meu bairro a briga começa na escolha dos melhores muros para fazer faixa do candidato. Nem sei se isso ainda é permitido pela justiça, mas sai na frente os candidatos geograficamente espertos que escolhem um muro próximo da igreja, padaria, praças ou ruas movimentadas.
Já houve lugares que cada semana era de um candidato diferente, pois sempre tinha um próximo que pintava seu número por cima do anterior. O problema é que as vezes os pintores se encontravam e a guerra de tinta era certa. Mas por muitas vezes, o pintor era o mesmo, ou seja: pagou, pintou.
Muita gente ganha dinheiro nas eleições. Um dos barões das disputas é o eleitor que vende voto pra todos e no final não vota em nenhum. A filosofia deste personagem é a de que os políticos roubariam muito, então ele está dando o troco. O pior é que muitas vezes este ser nem título de eleitor possui. Vira patrão na quebrada.
Já teve carreata do Edmilson e bandeirada do Mario Couto. O primeiro pegou gente de vários bairros rumo à Aldeia Amazônica. O segundo botou gente, com bandeiras verde e amarela, para ficarem enfileiradas em baixo do viaduto da Augusto Montenegro. Uma verdadeira festa. Apoio e xingamentos direto dos busões.
Os memes também estão a todo vapor. Já tem o pinóquio, o gado, o playboy, o sem chances, memes infinitos. Que bom que voltaram.
Nesse ano, literalmente, pior do que está, não fica!
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