O Ministério Público Federal (MPF) enviou notificação a órgãos do Ministério da Saúde em que recomenda a tomada de todas as providências necessárias para que não haja interrupção no fornecimento de alimentação aos usuários da Casa de Apoio à Saúde Indígena (Casai) de Icoaraci, em Belém.
Segundo denúncias feitas ao MPF por indígenas usuários da Casai, eles foram informados que o fornecimento de alimentação será interrompido a partir desta sexta-feira. Também houve denúncia de não fornecimento de alimentação já na quinta-feira (12). Atualmente há cerca de 70 pessoas em estadia na unidade de atendimento.
Assim que receberem a recomendação, enviada na sexta-feira, os órgãos destinatários terão 24 horas para regularizar o serviço e apresentar resposta ao MPF. Se essas iniciativas não forem tomadas, ou se forem consideradas insatisfatórias, o MPF pode tomar outras medidas, incluindo a de levar o caso à Justiça Federal.
Sindicância – Assinada por oito procuradores da República, a recomendação também aponta a necessidade de que o fornecimento de alimentação seja mantido em todas as demais Casais e que seja apurado quem foi responsável pela interrupção do serviço essencial na Casai de Icoaraci. Deve ser aberta sindicância e os responsáveis devem ser punidos, recomenda o MPF.
A recomendação foi enviada à titular da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) do Ministério da Saúde, Silvia Nobre Waiãpi, e ao ccoordenador do Distrito Sanitário Especial Indígena Guamá-Tocantins (Dsei-Guatoc), Stanney Everton Nunes.
No documento, o MPF registra que desde 2018 tramitam dois procedimentos administrativos na sede da Sesai, em Brasília (DF), para a contratação de empresa fornecedora de alimentação à Casai de Icoaraci e de outros municípios, e que, segundo informações encaminhadas a membros do MPF, o Dsei-Guatoc estaria inadimplente com a atual fornecedora e que por isso a empresa teria decido paralisar o serviço.
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