Mais um caso absurdo de violência doméstica revela o horror que mulheres ainda enfrentam em seu próprio lar. Na noite de ontem, um homem de 46 anos foi preso em flagrante em Novo Hamburgo, na Região Metropolitana de Porto Alegre, por tentar incendiar a própria casa e jogar gasolina na esposa, de 40 anos.
Em uma atitude desesperada e cruel, ele ameaçou não só a vida dela, mas também a de toda a família — incluindo um bebê de apenas quatro meses.
Vizinhos ouviram gritos e acionaram a polícia para intervir, mas, antes mesmo da chegada das autoridades, foram os próprios populares que conseguiram deter o agressor. Segundo relatos da Brigada Militar (BM), o homem estava em estado de surto, trancado dentro da casa, e ameaçava incendiar o próprio corpo.
Quando os policiais chegaram, encontraram o quarto em chamas e a esposa e o filho do casal do lado de fora, desesperados, tentando controlar o fogo com uma mangueira de jardim.
Enquanto o homem resistia à ação dos policiais, o cheiro forte de gasolina impregnava o local, uma evidência clara de sua intenção de transformar a casa em uma armadilha mortal. Ele chegou a relatar à BM que planejava se autoincendiar, em um gesto de desespero e hostilidade que poderia ter levado à morte não só dele, mas também de todos que estavam na residência.
A ação rápida dos bombeiros foi essencial para conter o fogo antes que a situação se agravasse. A esposa, o jovem de 21 anos, o adolescente de 15 anos e o bebê foram levados para atendimento médico após inalarem fumaça, mas, felizmente, nenhum deles sofreu queimaduras graves.
Este caso é mais um exemplo da violência que, todos os dias, assombra mulheres e suas famílias no Brasil, muitas vezes dentro das quatro paredes que deveriam ser seu espaço de segurança. A falta de detalhes sobre a motivação do suspeito não elimina o quadro claro de brutalidade e agressão, tampouco diminui a gravidade do que essas vítimas enfrentaram.
Casos como esse exigem uma resposta urgente e mais contundente das autoridades e da sociedade como um todo. Até quando veremos mulheres vivendo sob o terror dentro de suas próprias casas?