Uma verdadeira história de terror envolveu, nesta última semana, a circunstância da morte da menina Maria Paula Batista da Silva, de 10 anos, cujo corpo foi encontrado boiando, dentro de uma caixa, na tarde de terça-feira, no furo de São Benedito, perto do município do Acará.
Ela havia desaparecido no sábado (2), quando saiu da casa da avó, na Rua Vitória Regia, no Bairro da Terra Firme, de acordo com a polícia, um local classificado como zona vermelha. A primeira informação sobre o desaparecimento de Maria Paula foi publicada nas redes sociais por vizinhos, no sábado ainda.
Na quinta-feira (7), a polícia desvendou o caso macabro e prendeu um vizinho dela, que confessou o crime. Segundo a polícia, Charne Cardoso Ferreira, preso na Terra Firme, disse que dormiu com a mãe da garota, de quem era amante, sem ela saber que o corpo da filha estava escondido em baixo da cama.
A polícia chegou ao acusado depois de receber uma denúncia de que ele estava sendo espancado por vizinhos para confessar o crime. Na tarde da quinta-feira, a Polícia Militar apresentou na Seccional da Cremação ele e uma mulher.
Na delegacia, os dois negaram o crime, mas foram levados para a Divisão de Atendimento à Criança e ao Adolescente (Data) de Belém.
Na Data, ele confessou ter matado a criança por estrangulamento, depois de tê-la violentado sexualmente. Durante interrogatório, o homem contou os detalhes do assassinato, cometido com requintes de crueldade.
O estuprador e assassino disse que tinha um caso há mais de um ano com a mãe da criança, de quem era vizinho e que no sábado a menina foi com o irmão pegar dinheiro com ele para comprar comida.
Então, ele se aproveitou da situação e disse para a garota levar o irmão embora e depois voltar para pegar o dinheiro, que ainda ganharia um aparelho de TV.
Foi então, conforme confessou, que ele se aproveitou da inocência e fragilidade da criança para praticar abuso sexual e a matou por estrangulamento, escondendo o corpo em baixo da cama dele.
Mas ainda havia mais detalhes revoltantes envolvendo o caso. A mãe da vítima, amante do assassino, ainda pediu ajuda a ele para encontrar a menina. Charne Ferreira acompanhou a mulher até a delegacia de polícia para informar o desaparecimento da criança.
O criminoso disse também que a mãe da criança quis esconder do marido o desaparecimento da filha e decidiu dormir na casa dele, na cama que encobria o corpo da filha. No dia seguinte, a mãe da criança foi embora. Então, o acusado aproveitou que estava sozinho para se livrar do corpo.
Segundo o depoimento, Charne pegou uma caixa e tentou colocar o corpo dentro, mas a criança não coube e foi preciso amarrar os pés com um cabo para que fosse feito o transporte até o rio Tucunduba, onde se livrou do corpo.
Charne foi indiciado por homicídio e encaminhado para uma unidade prisional, onde está à disposição da justiça. A polícia não encontrou evidências da participação da mãe da menina no crime, apesar dela ser amante do assassino e tentar esconder do marido o desaparecimento da garota.
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