Na gestão de Zenaldo, um prédio em ruínas que lembra local mal-assombrado |
Texto e fotos: Elias Costa
Depois de uma forte chuva que ocorreu há um pouco mais de dois anos no bairro da Cidade Velha, parte do telhado e do forro do antigo prédio-sede da Fundação Cultural do Município de Belém (Fumbel) foram danificados parcialmente, levando ao abandono do prédio pela atual gestão da Prefeitura de Belém, PSDB de Zenaldo Coutinho.
Na noite do dia 30 de Janeiro, um incêndio intensificou ainda mais a cena de abandono noticiada por alguns meios de comunicação da cidade, relatando computadores, documentos, materiais, às traças e aos cupins. Moradores denunciavam a periculosidade, os saqueamentos, e até a água parada em plena crise de dengue.
“Nós pagamos para que isso fique de pé, para que isso funcione”, relata Alice Dutra em uma entrevista concedida ao G1, após ao Incêndio.
O que se via em janeiro de 2016, após o segundo caso, era um prédio com portas e janelas arrombadas, computadores e documentos revirados, e relatos de insegurança, como há em quase toda Belém.
Na sexta-feira, 7 de outubro, enquanto o Auto do Círio reunia um multidão nas ruas históricas de Belém, muros crús — sim, tijolos, cimento, nada mais — cobriam as janelas do primeiro andar, enquanto um fio de aço prendia a porta de vidro que dava acesso ao prédio.
Empurrei um pouco a porta e ela abriu, peguei minha câmera, e caminhei um pouco nos dois andares do prédio. Cupins, água parada e toda a estrutura completamente destruída e retirada. Muito lixo nos banheiros e áreas de limpeza, e nenhuma fiação elétrica, nem tomadas. Pedras de mármore destruídas, e tubulação entupida, quebrada e retirada.
As escadas estavam enferrujadas e havia muita poeira no local. O forro estava danificado, e suportes para lâmpadas penduradas, além de se ver que a segunda estrutura feita no prédio — forro — não respeitava a arquitetura do lugar, deixando as janelas pela metade. Tampões de compensado reforçavam o lacro no segundo andar.
Deduzi que a prefeitura mandou esvaziar o prédio sem nenhum respeito pelo patrimônio, já que tudo foi feito de forma desrespeitosa com a estrutura, vendo que teto, banheiros, e fiação estavam destruídos.
NÃO É UM CASO ISOLADO
Os bairros da Campina e da Cidade Velha, que são patrimônio cultural tombados pelo Iphan, enfrentam a falta de gestão há anos. A última reforma do prédio data de 18 de junho de 1999, gestão municipal de Edmilson Rodrigues, hoje candidato a prefeitura de Belém.
O aspecto de degradação vistos com uns passos adentro das ruas estreitas dos bairros é muito maior do que algumas partes revitalizadas, que hoje são pontos turísticos.
Igrejas, capelas, como o exemplo da Ordem Terceira de São Francisco, que é uma construção de Antônio Landi, o mais importante de Belém do período, é um exemplo de infiltração, pinturas perdendo a vivacidade, e reformas sem planejamento e cuidado.
Diversos prédios e igrejas que datam do século 18, e 19, vivem, como o antigo prédio sede da Fumbel, com cupins, sem previsão de melhoras.
O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional relata, em uma matéria encontrada na Folha de São Paulo, que “ um débito da prefeitura com o governo federal, de outubro de 2010, impede que sejam aplicados recursos federais no patrimônio histórico. Por isso, 50 projetos não receberam verba.”
POR TODA CIDADE
Não faltam relatos, imagens, e verdades na cidade das mangueiras. O Solar da Beira encontra-se no meio da maior feira aberta da América do Sul, o Ver-o-Peso. Já serviu de base para a guarda municipal, já foi órgão responsável pela fiscalização municipal.
Na primeira das duas grandes reformas do Ver-o-Peso, em 1985, na administração do prefeito Almir Gabriel, o Solar da Beira foi reformado e transformado em restaurante e espaço cultural da cidade. Já abrigou o Museu do Índio também.
Todos os projetos foram submersos com o passar do tempo, deixando o Solar, com tríplice tombamento — federal, estadual, municipal — como quase toda Belém, sem administração alguma.
Há inexatos dois anos, enquanto acontecia a Virada Cultural em Belém, um grupo ocupou o prédio com a proposta de promover um espaço sem curadoria, editais ou seleção de linguagens artísticas.
Essa primeira ocupação deixou a ideia de se unir novamente para promover, inexato um ano mais tarde, uma ocupação de 24 dias “ com expressões e manifestações artísticas, cortejos, cafés com os feirantes e passantes, exposição de arte, aulas-públicas, trocas de afeto, shows, performances, oficinas”, lê-se na página da ocupação no Facebook.
A ocupação chegou a reunir os governos, junto com as polícias e Justiça, para uma ação conjunta de criminalização dos movimentos, processos, e desocupação do espaço.
Belém está por debaixo dos panos.
Elias Costa – https://medium.com/@carvalhodacosta
Na gestão de Zenaldo, um prédio em ruínas que lembra local mal-assombrado |
Texto e fotos: Elias Costa
Depois de uma forte chuva que ocorreu há um pouco mais de dois anos no bairro da Cidade Velha, parte do telhado e do forro do antigo prédio-sede da Fundação Cultural do Município de Belém (Fumbel) foram danificados parcialmente, levando ao abandono do prédio pela atual gestão da Prefeitura de Belém, PSDB de Zenaldo Coutinho.
Na noite do dia 30 de Janeiro, um incêndio intensificou ainda mais a cena de abandono noticiada por alguns meios de comunicação da cidade, relatando computadores, documentos, materiais, às traças e aos cupins. Moradores denunciavam a periculosidade, os saqueamentos, e até a água parada em plena crise de dengue.
“Nós pagamos para que isso fique de pé, para que isso funcione”, relata Alice Dutra em uma entrevista concedida ao G1, após ao Incêndio.
O que se via em janeiro de 2016, após o segundo caso, era um prédio com portas e janelas arrombadas, computadores e documentos revirados, e relatos de insegurança, como há em quase toda Belém.
Na sexta-feira, 7 de outubro, enquanto o Auto do Círio reunia um multidão nas ruas históricas de Belém, muros crús — sim, tijolos, cimento, nada mais — cobriam as janelas do primeiro andar, enquanto um fio de aço prendia a porta de vidro que dava acesso ao prédio.
Empurrei um pouco a porta e ela abriu, peguei minha câmera, e caminhei um pouco nos dois andares do prédio. Cupins, água parada e toda a estrutura completamente destruída e retirada. Muito lixo nos banheiros e áreas de limpeza, e nenhuma fiação elétrica, nem tomadas. Pedras de mármore destruídas, e tubulação entupida, quebrada e retirada.
As escadas estavam enferrujadas e havia muita poeira no local. O forro estava danificado, e suportes para lâmpadas penduradas, além de se ver que a segunda estrutura feita no prédio — forro — não respeitava a arquitetura do lugar, deixando as janelas pela metade. Tampões de compensado reforçavam o lacro no segundo andar.
Deduzi que a prefeitura mandou esvaziar o prédio sem nenhum respeito pelo patrimônio, já que tudo foi feito de forma desrespeitosa com a estrutura, vendo que teto, banheiros, e fiação estavam destruídos.
NÃO É UM CASO ISOLADO
Os bairros da Campina e da Cidade Velha, que são patrimônio cultural tombados pelo Iphan, enfrentam a falta de gestão há anos. A última reforma do prédio data de 18 de junho de 1999, gestão municipal de Edmilson Rodrigues, hoje candidato a prefeitura de Belém.
O aspecto de degradação vistos com uns passos adentro das ruas estreitas dos bairros é muito maior do que algumas partes revitalizadas, que hoje são pontos turísticos.
Igrejas, capelas, como o exemplo da Ordem Terceira de São Francisco, que é uma construção de Antônio Landi, o mais importante de Belém do período, é um exemplo de infiltração, pinturas perdendo a vivacidade, e reformas sem planejamento e cuidado.
Diversos prédios e igrejas que datam do século 18, e 19, vivem, como o antigo prédio sede da Fumbel, com cupins, sem previsão de melhoras.
O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional relata, em uma matéria encontrada na Folha de São Paulo, que “ um débito da prefeitura com o governo federal, de outubro de 2010, impede que sejam aplicados recursos federais no patrimônio histórico. Por isso, 50 projetos não receberam verba.”
POR TODA CIDADE
Não faltam relatos, imagens, e verdades na cidade das mangueiras. O Solar da Beira encontra-se no meio da maior feira aberta da América do Sul, o Ver-o-Peso. Já serviu de base para a guarda municipal, já foi órgão responsável pela fiscalização municipal.
Na primeira das duas grandes reformas do Ver-o-Peso, em 1985, na administração do prefeito Almir Gabriel, o Solar da Beira foi reformado e transformado em restaurante e espaço cultural da cidade. Já abrigou o Museu do Índio também.
Todos os projetos foram submersos com o passar do tempo, deixando o Solar, com tríplice tombamento — federal, estadual, municipal — como quase toda Belém, sem administração alguma.
Há inexatos dois anos, enquanto acontecia a Virada Cultural em Belém, um grupo ocupou o prédio com a proposta de promover um espaço sem curadoria, editais ou seleção de linguagens artísticas.
Essa primeira ocupação deixou a ideia de se unir novamente para promover, inexato um ano mais tarde, uma ocupação de 24 dias “ com expressões e manifestações artísticas, cortejos, cafés com os feirantes e passantes, exposição de arte, aulas-públicas, trocas de afeto, shows, performances, oficinas”, lê-se na página da ocupação no Facebook.
A ocupação chegou a reunir os governos, junto com as polícias e Justiça, para uma ação conjunta de criminalização dos movimentos, processos, e desocupação do espaço.
Belém está por debaixo dos panos.
Elias Costa – https://medium.com/@carvalhodacosta
Na gestão de Zenaldo, um prédio em ruínas que lembra local mal-assombrado |
Texto e fotos: Elias Costa
Depois de uma forte chuva que ocorreu há um pouco mais de dois anos no bairro da Cidade Velha, parte do telhado e do forro do antigo prédio-sede da Fundação Cultural do Município de Belém (Fumbel) foram danificados parcialmente, levando ao abandono do prédio pela atual gestão da Prefeitura de Belém, PSDB de Zenaldo Coutinho.
Na noite do dia 30 de Janeiro, um incêndio intensificou ainda mais a cena de abandono noticiada por alguns meios de comunicação da cidade, relatando computadores, documentos, materiais, às traças e aos cupins. Moradores denunciavam a periculosidade, os saqueamentos, e até a água parada em plena crise de dengue.
“Nós pagamos para que isso fique de pé, para que isso funcione”, relata Alice Dutra em uma entrevista concedida ao G1, após ao Incêndio.
O que se via em janeiro de 2016, após o segundo caso, era um prédio com portas e janelas arrombadas, computadores e documentos revirados, e relatos de insegurança, como há em quase toda Belém.
Na sexta-feira, 7 de outubro, enquanto o Auto do Círio reunia um multidão nas ruas históricas de Belém, muros crús — sim, tijolos, cimento, nada mais — cobriam as janelas do primeiro andar, enquanto um fio de aço prendia a porta de vidro que dava acesso ao prédio.
Empurrei um pouco a porta e ela abriu, peguei minha câmera, e caminhei um pouco nos dois andares do prédio. Cupins, água parada e toda a estrutura completamente destruída e retirada. Muito lixo nos banheiros e áreas de limpeza, e nenhuma fiação elétrica, nem tomadas. Pedras de mármore destruídas, e tubulação entupida, quebrada e retirada.
As escadas estavam enferrujadas e havia muita poeira no local. O forro estava danificado, e suportes para lâmpadas penduradas, além de se ver que a segunda estrutura feita no prédio — forro — não respeitava a arquitetura do lugar, deixando as janelas pela metade. Tampões de compensado reforçavam o lacro no segundo andar.
Deduzi que a prefeitura mandou esvaziar o prédio sem nenhum respeito pelo patrimônio, já que tudo foi feito de forma desrespeitosa com a estrutura, vendo que teto, banheiros, e fiação estavam destruídos.
NÃO É UM CASO ISOLADO
Os bairros da Campina e da Cidade Velha, que são patrimônio cultural tombados pelo Iphan, enfrentam a falta de gestão há anos. A última reforma do prédio data de 18 de junho de 1999, gestão municipal de Edmilson Rodrigues, hoje candidato a prefeitura de Belém.
O aspecto de degradação vistos com uns passos adentro das ruas estreitas dos bairros é muito maior do que algumas partes revitalizadas, que hoje são pontos turísticos.
Igrejas, capelas, como o exemplo da Ordem Terceira de São Francisco, que é uma construção de Antônio Landi, o mais importante de Belém do período, é um exemplo de infiltração, pinturas perdendo a vivacidade, e reformas sem planejamento e cuidado.
Diversos prédios e igrejas que datam do século 18, e 19, vivem, como o antigo prédio sede da Fumbel, com cupins, sem previsão de melhoras.
O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional relata, em uma matéria encontrada na Folha de São Paulo, que “ um débito da prefeitura com o governo federal, de outubro de 2010, impede que sejam aplicados recursos federais no patrimônio histórico. Por isso, 50 projetos não receberam verba.”
POR TODA CIDADE
Não faltam relatos, imagens, e verdades na cidade das mangueiras. O Solar da Beira encontra-se no meio da maior feira aberta da América do Sul, o Ver-o-Peso. Já serviu de base para a guarda municipal, já foi órgão responsável pela fiscalização municipal.
Na primeira das duas grandes reformas do Ver-o-Peso, em 1985, na administração do prefeito Almir Gabriel, o Solar da Beira foi reformado e transformado em restaurante e espaço cultural da cidade. Já abrigou o Museu do Índio também.
Todos os projetos foram submersos com o passar do tempo, deixando o Solar, com tríplice tombamento — federal, estadual, municipal — como quase toda Belém, sem administração alguma.
Há inexatos dois anos, enquanto acontecia a Virada Cultural em Belém, um grupo ocupou o prédio com a proposta de promover um espaço sem curadoria, editais ou seleção de linguagens artísticas.
Essa primeira ocupação deixou a ideia de se unir novamente para promover, inexato um ano mais tarde, uma ocupação de 24 dias “ com expressões e manifestações artísticas, cortejos, cafés com os feirantes e passantes, exposição de arte, aulas-públicas, trocas de afeto, shows, performances, oficinas”, lê-se na página da ocupação no Facebook.
A ocupação chegou a reunir os governos, junto com as polícias e Justiça, para uma ação conjunta de criminalização dos movimentos, processos, e desocupação do espaço.
Belém está por debaixo dos panos.
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Na gestão de Zenaldo, um prédio em ruínas que lembra local mal-assombrado |
Texto e fotos: Elias Costa
Depois de uma forte chuva que ocorreu há um pouco mais de dois anos no bairro da Cidade Velha, parte do telhado e do forro do antigo prédio-sede da Fundação Cultural do Município de Belém (Fumbel) foram danificados parcialmente, levando ao abandono do prédio pela atual gestão da Prefeitura de Belém, PSDB de Zenaldo Coutinho.
Na noite do dia 30 de Janeiro, um incêndio intensificou ainda mais a cena de abandono noticiada por alguns meios de comunicação da cidade, relatando computadores, documentos, materiais, às traças e aos cupins. Moradores denunciavam a periculosidade, os saqueamentos, e até a água parada em plena crise de dengue.
“Nós pagamos para que isso fique de pé, para que isso funcione”, relata Alice Dutra em uma entrevista concedida ao G1, após ao Incêndio.
O que se via em janeiro de 2016, após o segundo caso, era um prédio com portas e janelas arrombadas, computadores e documentos revirados, e relatos de insegurança, como há em quase toda Belém.
Na sexta-feira, 7 de outubro, enquanto o Auto do Círio reunia um multidão nas ruas históricas de Belém, muros crús — sim, tijolos, cimento, nada mais — cobriam as janelas do primeiro andar, enquanto um fio de aço prendia a porta de vidro que dava acesso ao prédio.
Empurrei um pouco a porta e ela abriu, peguei minha câmera, e caminhei um pouco nos dois andares do prédio. Cupins, água parada e toda a estrutura completamente destruída e retirada. Muito lixo nos banheiros e áreas de limpeza, e nenhuma fiação elétrica, nem tomadas. Pedras de mármore destruídas, e tubulação entupida, quebrada e retirada.
As escadas estavam enferrujadas e havia muita poeira no local. O forro estava danificado, e suportes para lâmpadas penduradas, além de se ver que a segunda estrutura feita no prédio — forro — não respeitava a arquitetura do lugar, deixando as janelas pela metade. Tampões de compensado reforçavam o lacro no segundo andar.
Deduzi que a prefeitura mandou esvaziar o prédio sem nenhum respeito pelo patrimônio, já que tudo foi feito de forma desrespeitosa com a estrutura, vendo que teto, banheiros, e fiação estavam destruídos.
NÃO É UM CASO ISOLADO
Os bairros da Campina e da Cidade Velha, que são patrimônio cultural tombados pelo Iphan, enfrentam a falta de gestão há anos. A última reforma do prédio data de 18 de junho de 1999, gestão municipal de Edmilson Rodrigues, hoje candidato a prefeitura de Belém.
O aspecto de degradação vistos com uns passos adentro das ruas estreitas dos bairros é muito maior do que algumas partes revitalizadas, que hoje são pontos turísticos.
Igrejas, capelas, como o exemplo da Ordem Terceira de São Francisco, que é uma construção de Antônio Landi, o mais importante de Belém do período, é um exemplo de infiltração, pinturas perdendo a vivacidade, e reformas sem planejamento e cuidado.
Diversos prédios e igrejas que datam do século 18, e 19, vivem, como o antigo prédio sede da Fumbel, com cupins, sem previsão de melhoras.
O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional relata, em uma matéria encontrada na Folha de São Paulo, que “ um débito da prefeitura com o governo federal, de outubro de 2010, impede que sejam aplicados recursos federais no patrimônio histórico. Por isso, 50 projetos não receberam verba.”
POR TODA CIDADE
Não faltam relatos, imagens, e verdades na cidade das mangueiras. O Solar da Beira encontra-se no meio da maior feira aberta da América do Sul, o Ver-o-Peso. Já serviu de base para a guarda municipal, já foi órgão responsável pela fiscalização municipal.
Na primeira das duas grandes reformas do Ver-o-Peso, em 1985, na administração do prefeito Almir Gabriel, o Solar da Beira foi reformado e transformado em restaurante e espaço cultural da cidade. Já abrigou o Museu do Índio também.
Todos os projetos foram submersos com o passar do tempo, deixando o Solar, com tríplice tombamento — federal, estadual, municipal — como quase toda Belém, sem administração alguma.
Há inexatos dois anos, enquanto acontecia a Virada Cultural em Belém, um grupo ocupou o prédio com a proposta de promover um espaço sem curadoria, editais ou seleção de linguagens artísticas.
Essa primeira ocupação deixou a ideia de se unir novamente para promover, inexato um ano mais tarde, uma ocupação de 24 dias “ com expressões e manifestações artísticas, cortejos, cafés com os feirantes e passantes, exposição de arte, aulas-públicas, trocas de afeto, shows, performances, oficinas”, lê-se na página da ocupação no Facebook.
A ocupação chegou a reunir os governos, junto com as polícias e Justiça, para uma ação conjunta de criminalização dos movimentos, processos, e desocupação do espaço.
Belém está por debaixo dos panos.
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