Pará registrou de 26 de outubro até a quinta-feira (2), 5.234 focos de queimadas, conforme Governo do Amazonas.
A fumaça que voltou a encobrir Manaus nos últimos dias vem de um alto número de queimadas registradas no Pará, que registrou de 26 de outubro até a quinta-feira (2), 5.234 focos, segundo o Governo do Amazonas. Em menor intensidade, no mesmo período foram registrados 140 focos, na Região Metropolitana de Manaus.
Apesar da intensificação da fumaça na capital, apenas 6 focos foram notificados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) na Região Metropolitana de Manaus (RMM) na quinta-feira (2), segundo o governo. Na mesma data, 746 focos foram registrados no estado vizinho, conforme o governo.
O fluxo de ventos tem trazido as partículas em suspensão para a Região Metropolitana de Manaus e encontrado dificuldades em se dispersar devido a ausência de chuvas e calor intenso, potencializados pelo El Niño severo deste ano.
Além do trabalho realizado desde o mês de março de 2023, em municípios do Sul do Amazonas, forças ambientais e de segurança pública do Estado realizam ações de combate e fiscalização na Região Metropolitana desde o dia 11 de outubro.
Os focos de calor na RMM caíram de 675 – registrados de 1º de outubro a 10 de outubro -, para 194 focos – registrados a partir do dia 11 até esta quinta (2). Pequenas formações de chuva sobre a região também têm ajudado na redução desses focos.
Ações no interior do estado
Na terça-feira (31), mais 250 servidores, entre bombeiros, policiais militares, analistas ambientais do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) e agentes do Batalhão Ambiental da PM-AM foram enviados para reforçar as ações em Iranduba, Itacoatiara, Manacapuru, Manaquiri, Rio Preto da Eva, Presidente Figueiredo, Careiro Castanho e Autazes.
Outros 116 brigadistas do PrevFogo do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) continuam atuando nas ações de combate na Região Metropolitana.
O Estado ressalta ainda que, com a baixa precipitação, a massa de calor sobre Manaus deve continuar a interferir na qualidade do ar para os próximos dias, uma vez que partículas de fumaça encontram dificuldades em se dispersar nessas condições.
De acordo com levantamento do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), a estação chuvosa no Amazonas, em 2023, está prevista para iniciar no mês de dezembro, podendo ainda ser afetada pela continuidade do El Niño, reduzindo o desenvolvimento vertical de nuvens e os volumes de precipitação, o que pode resultar em um período de chuvas abaixo da climatologia da região.Fonte: G1 Amazonas