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Foi-se o tempo que 50 reais dava para alguma coisa

Emanuel Maciel por Emanuel Maciel
13 de janeiro de 2021
em Colunas
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Foi-se o tempo que 50 reais dava para alguma coisa
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Esse texto é para quem já teve o cartão de crédito negado por falta de limite, que reutiliza o óleo até ele gritar “chega”, que vai fazer compras priorizando o mais barato e com etiquetas de liquidação, que faz todas as variações de frango na semana (cozido, frito, à milanesa, misturado com ovo, assado, ao forno, vaporizado, ao molho e etc) porque está super em conta no atacado. Ou simplesmente para quem sabe o significado de conquistar o pão de cada dia.

Até um tempo atrás, seja no supermercado, seja nas feiras, você ia com 30 reais e ainda voltava com um trocado. Aliás, parte da molecada adorava ir comprar as coisas porque no final rolava aquele lobby pelo troco.

Na verdade, você deixava 20 reais em casa como um valor razoável para compra da carne do dia, mais alguma besteirinha que faltasse, tipo um cheiro verde, ainda sobrava um trocado para os 5 pães (bem branquinhos, de preferência). Se a carne escolhida fosse o popular picadinho, ainda rolava pegar 2 ovos para fazer aquele sanduba acompanhado do café das 18 horas, fofocando na frente de casa. Foi-se o tempo.

Atualmente, você vai com 50 reais e é obrigado a fazer uma verdadeira Escolha de Sofia com os produtos da prateleira. Virou a metáfora do lençol curto: cobre a cabeça, aparece o pé, cobre o pé, aparece a cabeça. Se escolher o feijão preto, só vai dar pra pegar aquele arroz que fica parece um mingau, independentemente do cozinheiro. Se pegar daquele arroz bacana, resta pegar daquele feijão magro, que parece ser tudo o que sobrou de safras passadas e vem mais pedras do que grãos, além de requerer um trabalho minucioso quando se vai catar.

Só a carne – que não é nem a de segunda, talvez a de quarta ou quinta – consome uns 30 reais. Com o resto tu te vira. Porque agora qualquer besteirinha dá 50 reais. Seu cachorro já sente falta da ração de tanto que teve que se contentar com as sobras do almoço. Seu café, o mais barato, tem um aroma duvidoso.

Seu leite não dissolve direito e, em alguns lugares de gente muito mão fechada, estão decretando a ordem de passar manteiga apenas em uma banda do pão (égua, ainda não cheguei nesse nível, mas sei que existe). Tem quem veja a gente comendo churrasco em vários dias da semana, mal sabem que é apenas para economizar o gás, que está 90 reais (95, se for no crédito) e só acaba quando o orçamento está curto.

Na escola pública, o governo só mandava os insumos principais da merenda, esquecendo dos temperos. Esse panorama fazia com que as merendeiras fossem passando em cada sala para pedir 5 ou 10 centavos de cada aluno para assim comprar os temperos com a promessa de que ia sair uma comida caprichada no recreio. Fico imaginando como seria esse pedido hoje, as quantias certamente tiveram reajuste e os centavos passaram para reais.

O trecho da oração que diz “o pão nosso de cada dia nos dai hoje”, nunca foi falado com tanta fé. A criatividade tem comandado a ida ao supermercado. O povo clama por um alívio. E haja frango todo dia. Qual é mesmo o gosto da picanha?

Tags: 50 reaiscomprasinflaçãoobservatorio do cotidianoprodutos caros
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Emanuel Maciel

Formado em Geografia pelo IFPA, entusiasta do movimento Hip-hop, amante de crônicas, música e futebol. Usa este espaço para compartilhar um ponto de vista sobre o dia a dia.

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