Após quase cinco décadas de incertezas e investigações frustradas, o enigma do “Pinnacle Man”, um homem encontrado congelado em uma caverna na Pensilvânia em 1977, finalmente foi solucionado. Nicholas Paul Grubb, um jovem de 27 anos nascido em Fort Washington, Pensilvânia, foi oficialmente identificado graças à descoberta de antigas impressões digitais que haviam se perdido no tempo.
Nicholas Grubb, que ficou conhecido como “Pinnacle Man” devido à proximidade de seu corpo ao pico da montanha Apalache, foi encontrado em um estado de congelamento profundo, sem qualquer indício de identidade ou crime. Na época, a causa da morte foi atribuída a uma overdose de drogas, mas a falta de evidências concretas impediu que ele fosse identificado, deixando sua história em suspenso por décadas.
Os médicos legistas da época coletaram amostras dentárias e impressões digitais, na esperança de um dia poder identificar Grubb. Contudo, o material das digitais foi perdido, deixando as autoridades sem recursos para avançar na identificação do corpo. Ainda assim, a busca por respostas nunca cessou. Ao longo dos anos, detetives e legistas compararam repetidamente as informações disponíveis com casos de pessoas desaparecidas, mas sempre sem sucesso.
Em 2019, a exumação do corpo e a coleta de DNA reacenderam as esperanças de solucionar o mistério. No entanto, foi apenas em agosto deste ano que a chave para o caso foi encontrada. O policial estadual da Pensilvânia, Ian Keck, ao vasculhar antigos arquivos, descobriu o cartão de impressão digital perdido de Grubb. Esse achado crucial foi enviado ao Sistema Nacional de Pessoas Desaparecidas e Não Identificadas (NamUs), onde, em apenas 53 minutos, um especialista do FBI conseguiu confirmar a identidade do “Pinnacle Man”.
Para muitos, a resolução do caso traz um misto de alívio e tristeza. “É agridoce. A família de Nicholas procurou por ele durante mais de 40 anos, sem saber o que havia acontecido. Saber que tive um papel nisso, ainda que pequeno, me deixa feliz por poder ajudar a encerrar essa longa espera”, disse Keck, emocionado com o desfecho.
Grubb, que havia sido membro da Guarda Nacional do Exército da Pensilvânia no início dos anos 1970, teve uma breve interação policial no Colorado dois anos antes de sua morte. Esse encontro permitiu que suas impressões digitais fossem inseridas no Sistema Automatizado de Identificação de Impressões Digitais, o que acabou sendo a chave para desvendar o mistério.
Apesar da identificação de Nicholas Grubb, as autoridades afirmaram que as investigações sobre a causa exata de sua morte continuarão. Depois de quase meio século, a história de Grubb finalmente ganha um nome e uma conclusão, trazendo um pouco de paz àqueles que aguardavam respostas há tanto tempo.
Com informações do portal Metrópoles