Uma mãe do município de Tomé-Açu procurou aflita o Ver-o-Fato pedindo ajuda para chamar a atenção das autoridades em prol da saúde do seu filho, o pequeno Luiz Henrique Da Silva Carolino, de apenas quatro meses de idade. O filho de Mykellen Kaylane Melo da Silva encontra-se internado no Hospital Universitário João de Barros Barreto, em Belém, desde o dia 5 de fevereiro à espera de um leito no Hospital Santa Casa de Misericórdia do Pará ou no Hospital Dr, Abelardo Santos.
Luiz Henrique precisa realizar com urgência uma cirurgia, e apenas esses dois hospitais realizam o procedimento. A criança sofre de Estenose Hipertrófica do Piloro, uma doença mais comum em bebês com menos de seis meses, em que os músculos do estômago impedem a entrada de alimentos no intestino delgado. A condição causa vômitos constantes, desidratação e perda de peso no bebê.
“O final do estômago dele é fechado, por isso não pode se alimentar porque vomita. Só toma leite pela sonda e apenas 15 ml. Sou uma mãe desesperada implorando por Socorro!”, relata Mykellen.
Segundo ela, esses hospitais alegam não haver leito. O pai da criança se dirigiu à Defensoria da Infância e Juventude do Ministério Público do Estado do Pará, em Belém, e o juiz determinou, por meio de ordem judicial, que a criança fosse transferida em 24h, porém ainda assim os hospitais continuam alegando falta de leito.
“A resposta que a Central de Leitos do Estado do Pará envia para a Regulação do Barros Barreto é que o leito acaba de ser ocupado por outros pacientes dos municípios do Estado do Pará. Mas aqui no Barros Barreto meu filho não pode permanecer e nem pode fazer a cirurgia dele aqui, porque esse hospital não tem UTI pediátrica”, explica Mykellen.
No dia 9 de fevereiro, Luiz Henrique passou muito mal, começou a sangrar e perdeu muito sangue. Foi necessário entubá-lo e ele recebeu várias bolsas de sangue. “Enquanto isso, nada de ser liberado esse leito pela Central de Leitos do Pará”, reclama a mãe.
“Os hospitais do Estado não querem aceitar meu filho porque alegam que no Barros Barreto já deveria ter uma UTI para mantê-lo aqui. Só que enquanto isso meu filho vai ficar aqui sem fazer a cirurgia?!”, questiona Mykellen. “Meu filho chora noite e dia de dor sem conseguir dormir e correndo o risco de vida. Vez ou outra volta a sangrar. Sou uma mãe desesperada vendo seu filho morrer!”, diz ela.
“É injusto a Central de Leitos do Pará não querer aceitar meu filho alegando que o hospital onde ele está já deveria ter UTI infantil. Meu bebê não tem culpa da má administração pública do Estado do Pará”, reclama a mãe angustiada.
O Ver-o-Fato solicitou nota à Central de Leitos do Estado do Pará e aos hospitais Santa Casa de Misericórdia e Abelardo Santos, e aguarda retorno.