O exame de DNA feito pelo Instituto de Perícias Científicas Renato Chaves confirmou que a ossada humana encontrada no dia 19 de março deste ano, numa área de mata às margens da PA-287, entre os municípios de Redenção e Cumaru do Norte, no sul do Pará, é mesmo do ex-presidente da Associação de Pessoas com Epilepsia de Redenção, Cícero José Rodrigues de Sousa.
Ele era candidato a vereador na cidade e foi visto pela última vez no dia 20 de outubro do ano passado, quando saia de uma agência bancária de Redenção com uma grande soma em dinheiro que pertencia à associação. O Ver-o-Fato publicou matérias sobre o caso
De acordo com informações da Polícia Civil de Redenção, junto à ossada humana foram encontrados materiais da campanha eleitoral de Cicero Sousa de 2020 e roupas que pertenciam a ele.
Segundo a polícia, havia uma perfuração de bala no lado de trás do crânio e um projétil foi encontrado no local próximo da ossada. Os restos mortais foram encontrados por um caçador numa área de mata fechada e enviados para o IML, em Marabá.
Cícero Sousa foi filmado por câmeras de segurança saindo de uma agência bancária em Redenção em outubro de 2020 e desde então, nunca mais foi visto na cidade, onde era muito conhecido por sua atuação em defesa das pessoas portadoras de epilepsia. Ele teria retirado do banco cerca de 1 milhão de reais.
Quatro suspeitos foram presos ainda em 2020, acusados de envolvimento no crime, que teve grande repercussão em Redenção e região.
Um policial militar, que ainda está preso, dois advogados e um ex-vereador, que cumprem prisão domiciliar, foram indicado por homicídio. O promotor de justiça de Redenção, Leonardo Caldas, garantiu que autoria e a materialidade do crime já estão comprovadas e os acusados serão submetidos a julgamento pelo Tribunal do Júri. Para o promotor, as pessoas que foram presas até agora faziam parte de uma trama para tirar a vítima da presidente da organização. O objetivo dessas pessoas era assumir o controle da ONG e também das verbas públicas destinadas ao local.
Ainda segundo a polícia, Cícero Sousa desapareceu e foi destituído da presidência pelos acusados, um deles advogado da ONG, que mudaram o estatuto da organização para facilitar o acesso as verbas que a instituição receberia.
Discussion about this post