Já dura mais de 10 horas o julgamento da mulher acusada de planejar e participar do assassinato do professor da Universidade Federal do Pará, José Adriano Giorgi, de 47 anos. A ex-namorada dele, Andréa Rufino Mendes, de 22 anos, está sendo submetida ao Tribunal do Juri de Altamira, na Região do Xingu, sudoeste paraense, desde a manhã de hoje (30).
O professor do curso de Ciências Biológicas da UFPA foi sequestrado, amarrado, torturado, levou um tiro na cabeça e teve o corpo carbonizado, em abril de 2018. O corpo só foi encontrado depois de seis dias, jogado em uma estrada vicinal da zona rural, a cerca de 20 km da sede do município.
De acordo com as investigações da Polícia Civil, Andréa Rufino Mendes, na época com 19 anos, teria planejado a morte do professor, com quem tinha um relacionamento amoroso, em parceria com a namorada dela, Denise Caetano dos Santos, então com 20 anos, também suspeita de ajudar na execução do crime.
Os dois homens apontados como autores do assassinato, Dorivan Santos e Wellinton Rios Damasceno, foram mortos em confronto com a polícia. Os dois teriam sido contratados pelas duas mulheres para executarem o crime e roubarem a vítima.
Adriano Giogi era doutor, pesquisador e professor de Ciências Biológicas da UFPA havia 7 anos. Natural do Rio de Janeiro, ele desapareceu no dia 21 de abril de 2018 e o corpo foi encontrado na tarde do dia 27 daquele mês. Andréa Rufino foi presa dias depois do crime.
No dia 4 de junho de 2018, a Polícia Civil prendeu como suspeita de envolvimento no assassinato do professor, a jovem Denise Caetano dos Santos, de 20 anos, ex-aluna da vítima. Ela ganhou liberdade provisória no dia 18 de dezembro de 2018.
Em 25 de junho de 2019, houve a reconstituição da morte do professor, que começou na casa dele, onde aconteceu a ação dos criminosos. Conforme a reconstituição, ele foi levado pelos assassinos no próprio carro. Após o crime, a ex-namorada teria roubado os pertences do professor e sacado dinheiro da conta bancária dele. Não há previsão para o fim do julgamento.