Um empresário que estava foragido da justiça paraense há 21 anos, acusado de ser mandante da morte de um adolescente de 17 anos, por ciúme de uma prima, foi preso na manhã de ontem (12), em Teresina, pela Delegacia de Capturas do Piauí e está sendo transferido para Belém.
Os policiais cumpriram mandado de prisão contra ele, expedido no ano de 2000 pela justiça paraense. Durante todo esse tempo foragido, ele usava documentos falsos para não ser localizado, mas acabou descoberto pela polícia daquele estado, em uma residência, no bairro Lourival Parente, na zona sul de Teresina.
O empresário, identificado como José Luís Maciel de Sousa, usava o nome falso de Madevaldo Araújo Maranhão e era dono de uma empresa de reciclagem de lixo na capital do Piauí. Ele é acusado de ser mandante da execução do adolescente em 1999. na cidade de Redenção, na Região do Araguaia, sul do Pará.
De acordo com o delegado Edvan Botelho, o empresário mandou executar o namorado de uma prima dele, de 17 anos, porque sentia uma atração por ela e não aceitava o relacionamento entre os dois.
“Ele contratou uma pessoa, que forneceu a arma, e contratou outras duas pessoas para fazer a execução. Tentaram realizar duas vezes e não conseguiram, mas em um dia o rapaz estava dormindo na residência da namorada e esses dois homens adentraram o recinto e o executaram”, explicou o delegado.
Segundo ainda o delegado, o acusado estava vivendo na capital piauiense com o nome falso, sendo proprietário de uma empresa de reciclagem de lixo localizada no Distrito Industrial, na zona sul de Teresina.
“Nós recebemos a informação de que uma pessoa que havia cometido um crime há cerca de 20 anos no Pará estaria vivendo como outra pessoa em Teresina. Nós realizamos uma investigação e localizamos a residência no bairro Lourival Parente e uma empresa dele no Distrito Industrial. Ele estava vivendo como Madevaldo Araújo Maranhão, sendo que o nome verdadeiro dele é José Luís Maciel de Sousa”, declarou Edvan Botelho.
Conforme as investigações, logo após o crime, o acusado fugiu para o Suriname e passou alguns anos trabalhando no país vizinho em um garimpo de pedras preciosas. De lá, ele foi para Teresina, onde se fixou com nome falso.
Além da empresa, ele tinha uma casa e um carro com o nome falso e ainda negociava pedras preciosas, pois na casa foram encontradas mais de 3 quilos dessas pedras.
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