No nordeste do Pará, o município de Magalhães Barata enfrenta uma crise na educação que vai além das paredes de sala de aula: a falta de merenda escolar nas instituições de ensino. O cenário alarmante foi evidenciado após uma inspeção realizada pela promotora de justiça Brenda Corrêa Lima Ayan na Escola Municipal de Educação Infantil e Ensino Fundamental Profª Zélia Monteiro, na última terça-feira, 20.
A visita da promotora foi motivada por uma série de reclamações sobre a ausência de merenda escolar para o ano letivo de 2024, levantando preocupações sobre a nutrição e o bem-estar dos estudantes. O que a Promotoria descobriu no local foi uma realidade desoladora: um depósito vazio, sem qualquer vestígio de gêneros alimentícios destinados aos alunos. A equipe da escola, por sua vez, relatou não haver previsão para o recebimento da merenda, apesar de o ano letivo já estar em curso.
A falta de alimentação adequada nas escolas não é apenas uma questão de nutrição, mas também impacta diretamente a educação dos alunos. Segundo relatos, a ausência de merenda tem levado à liberação antecipada dos estudantes, comprometendo a carga horária necessária para um aprendizado efetivo.
Diante da gravidade da situação e da urgência em buscar soluções, o MPPA planeja convocar uma reunião emergencial. O encontro contará com a participação de representantes da Secretaria Municipal de Educação, Procuradoria Municipal e Conselho Municipal de Educação, visando discutir e elaborar estratégias para resolver a crise da merenda escolar em Magalhães Barata.
Este caso não é apenas um reflexo dos desafios enfrentados por um município, mas um alerta sobre a importância da garantia de direitos básicos, como a alimentação, dentro do ambiente escolar. A falta de merenda escolar coloca em risco não apenas a saúde e nutrição dos alunos, mas também seu direito à educação de qualidade.
Ações imediatas são necessárias para assegurar que todos os estudantes tenham acesso à alimentação adequada, permitindo que se concentrem em seu aprendizado, livres das preocupações com a fome. O desdobramento deste caso em Magalhães Barata será um indicativo crucial das prioridades do estado em relação à educação e ao bem-estar de seus jovens cidadãos. (Do Ver-o-Fato, com informações e fotos da Promotoria de Magalhães Barata)