Mais uma vez, a arbitragem foi a protagonista de um resultado na Série B. No jogo deste sábado (26), na Arena Castelão, em que o Ceará venceu o Paysandu por 2 a 1, uma sucessão de falhas do árbitro Savio Pereira Sampaio deixou a torcida paraense indignada e evidenciou um padrão de decisões que vem prejudicando o Papão ao longo da competição.
Erros graves, principalmente na omissão do VAR, mostraram que, em campo, o Paysandu não jogou apenas contra o Ceará, mas também contra a arbitragem.
Logo no início do primeiro tempo, ficou claro que a atuação do juiz não seria das melhores. Uma cotovelada em Aylon dentro da área, após revisão do VAR, resultou no pênalti que abriu o placar para o Ceará. Até aí, nada questionável.
O problema foi a falta de critério no decorrer da partida: um pênalti claro a favor do Paysandu não teve sequer uma revisão do VAR, deixando jogadores e torcedores atônitos. A sensação de injustiça só aumentou quando o Ceará escapou de uma expulsão certa.
Saulo Mineiro, que já tinha um cartão amarelo, meteu a mão na bola em gol anulado e deveria ter sido expulso, mas o árbitro simplesmente ignorou o lance, sequer aplicando o segundo amarelo. Uma situação que, sem dúvida, mudou a dinâmica do jogo.
A partida seguiu com o Ceará dominante, aproveitando-se do nervosismo do Paysandu e das brechas deixadas pela arbitragem. O empate do Papão, fruto de um gol contra de Rafael Ramos no início do segundo tempo, trouxe um suspiro de esperança, mas logo foi seguido por outra decepção. Aos 8 minutos, Erick Pulga colocou o Ceará novamente na frente, após falha de marcação.
Mesmo em desvantagem, o Paysandu tentou reagir, explorando a velocidade e os espaços deixados pelo Vozão. Mas a atuação da arbitragem parecia destinada a não permitir um resultado diferente. A comissão técnica do Papão protestou com veemência, mas de nada adiantou.
O saldo desse jogo é mais um capítulo triste para o Paysandu na Série B, que tem enfrentado uma verdadeira batalha não só contra os adversários em campo, mas também contra decisões questionáveis da arbitragem e a omissão do VAR. É inadmissível que, em uma competição de nível nacional, erros tão claros e decisivos ainda passem sem a devida correção.
Não é apenas um questionamento de um lance ou outro; é uma sequência de decisões que acabam por influenciar diretamente o rumo da competição e o trabalho árduo de um time que luta para se manter vivo na tabela. Até faltas claras e violentas contra jogadores do Papão não são marcadas.
Na tabela, o Ceará sobe para a 5º posição, com 54 pontos (16V,6E,12D), e fica a três pontos de distância do Novorizontino, que está na porta do G-4, mas tem um jogo a menos. Já o Paysandu, continua na 13ª posição, com 40 pontos.
Próximos jogos
O Ceará terá uma semana livre de preparação para enfrentar o Avaí, no domingo (3), às 18h30, na Arena Castelão. Já o Papão se prepara para encarar a Ponte Preta, no Moises Lucarelli, na segunda (4), às 21h.
RAIO X DA PARTIDA
Ceará (2) Bruno Ferreira; Rafael Ramos (Raí Ramos), João Pedro, David Ricardo, Matheus Bahia; Richardson, Lourenço (De Lucca), Recalde (Lucas Mugni); Saulo Mineiro (Facundo Barceló), Aylon (Lucas Rian), Erick Pulga. Técnico: Léo Condé.
Paysandu (1) Matheus Nogueira; Bryan Borges, Wanderson (Quintana), Lucas Maia, Kevyn; Luan Freitas (Nicolas), Leandro Vilela (Juninho), João Vieira; Paulinho Bóia, Ruan Ribeiro (Jean Dias), Borasi. Técnico: Márcio Fernandes.
Local: Arena Castelão, Fortaleza (CE)
Árbitro: Savio Pereira Sampaio Assistentes: José Reinaldo Nascimento Junior, Lucas Costa Modesto, Raimundo Rodrigues de Oliveira Júnior
Gols: Saulo Mineiro (20’/1ºT/CEA), Erick Pulga (8’/2ºT/CEA); Rafael Ramos (1’/2ºT/PAY/GC)
Cartões amarelos: Matheus Bahia, Saulo Mineiro (CEA)
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