A situação envolvendo a falsa enfermeira acusada de forjar um esquema de vacinação contra a covid-19 em Minas Gerais em 2021 é emblemática e preocupante, evidenciando não apenas a gravidade do crime em si, mas também os desdobramentos na saúde dos envolvidos.
Claudia Mônica Pinheiro Torres Freitas enfrenta acusações sérias de vender falsas vacinas durante um período crucial da pandemia, quando a imunização estava restrita a pessoas com mais de 80 anos. O adiamento do interrogatório para julho deste ano, solicitado pelo Ministério Público de Minas Gerais, pela Defensoria Pública e pela defesa, aponta a complexidade do caso.
O advogado de Cláudia Mônica relatou que sua cliente enfrenta um quadro de ataque de pânico, o que a levou a se trancar no quarto, praticamente no escuro, sem condições de saúde para comparecer à audiência.
Desde que se tornou alvo de investigação da Polícia Federal em 2021, Cláudia enfrentou uma série de problemas de saúde, incluindo uma fratura na coluna e uma ruptura aguda do tendão de Aquiles. O advogado argumenta que esses problemas, somados às pressões do processo, desencadearam sérios problemas psíquicos e psicológicos, resultando em internações hospitalares e crises de pânico.
O pedido de adiamento inicial permitiu a participação de Cláudia Mônica por chamada de vídeo, mas isso também não ocorreu. O Ministério Público mencionou a falta de um promotor disponível devido a conflitos de agenda com outra audiência designada na 3ª Vara de Tóxicos, Organização Criminosa e Lavagem de Bens e Valores. A Defensoria Pública também alegou que alguns réus não haviam sido intimados.
Essa sequência de adiamentos não apenas prolonga a espera por uma resolução para as vítimas e a comunidade, mas também destaca a complexidade do sistema judicial, com conflitos de agenda e desafios logísticos. Enquanto isso, a saúde de Cláudia Mônica continua a se deteriorar, colocando em questão sua capacidade de enfrentar o processo legal. Do Ver-o-Fato, com informações do R7.