Nathanael Furtado era de Itaituba e foi um dos 57 mortos no massacre |
ADVERTISEMENT
Matéria do Portal Giro, de Itaituba, localizou a família de Nathanael Furtado, um dos 57 mortos na carnificina de Altamira, ontem pela manhã. O pai dele, Inácio Furtado, é quem relata: “em Altamira ele cometeu um crime, segundo o que me consta foi assalto. Estava preso um ano e pouco e já tinha o alvará de soltura, então, logo em seguida, aconteceu essa situação”.
Nathanael, conhecido no bairro do Piracanã por Nathan, estava entre os presos envolvidos no confronto entre as organizações criminosas CCA e CV. Ele conheceu no bairro a mulher com quem passou a viver em Altamira, para onde havia se transferido.
Certa vez, conta o pai, ele foi “preso por engano”, em Itaituba, mas cumpriu pena e foi libertado. Em Altamira, contudo, foi novamente preso pela polícia, desta vez acusado de assalto.
“Ele estava preso a um ano e pouco a já estava com alvará de soltura expedido pela Justiça”, revela Inácio Furtado.
É sobre casos como o de Nathan que o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) quer saber do TJ do Pará qual a verdadeira situação prisional de milhares de detentos que abarrotam nossas cadeias medievais, onde nem o poeta Dante Alighieri imaginou inferno tão infernal.
Nathanael Furtado estava mesmo com alvará de soltura expedido pela justiça? Se estava, por que continuava na cadeia? O prazo de prisão havia expirado? Há outros casos semelhantes ao dele, esquecidos em meio ao cenário de horror que impera nas cadeias do Brasil, em particular no Pará.
Com a palavra, as autoridades.
Discussion about this post