Três importantes regiões do município de Juruti, participaram de oficinas de manejo florestal e recursos não madeireiros. Ao todo 40 moradores das regiões da associação das comunidades Prudente e Monte Sinai (Acoprums), na comunidade Prudente, área de Proteção Ambiental (APA) do Jará e Projeto de Assentamento Agroextrativista (Peaex) do Curumucuri pela Acoglec. As oficinas foram realizadas neste mês de dezembro.
Na oficina, o público pôde aprender o que são áreas de preservação permanente, identificando reserva legal, com olhar nas distâncias necessárias para preservar suas nascentes. O manejo da capoeira, como enriquecer essas áreas preservando e ao mesmo tempo obtendo retorno econômico. Outra prática característica da região é o cultivo do açaí, um módulo dedicado ao açaizal. Integrando ainda na formação a restauração florestal, sistemas agroflorestais e sua integração com criação de animais. Cada participante ganhou uma cartilha ilustrada criada especificamente para o atendimento das necessidades locais.
“A oficina trouxe um conhecimento que não tínhamos, da diversificação da cultura no plantio. A gente não sabia que era viável plantar outras culturas juntas, agora sabemos que é possível. Trazendo mais renda, espero que a gente coloque em prática trazendo esse resultado alimentar e financeiro. Expectativa é boa que nos esforçamos pra que consigamos realizar esse projeto”, afirmou Eglai Pedreira Silvia, da comunidade Monte Sinai.
As atividades ocorreram em etapas teóricas e práticas; a prática no campo, onde puderam aplicar os aprendizados. A ideia foi contribuir para que eles tenham uma visão ainda mais sustentável, utilizando sua base produtiva de maneira a gerar renda, recuperar áreas degradadas, diversificando a produção agrícola.
“A gente acredita sim que essas ações, o que estamos construindo juntos com essas oficinas, serão de suma importância para construção participativa desses espaços. Esperamos que daqui há um tempo possam estar gerando renda, trabalho, alimento, e acima de tudo possam estar conservando e utilizando esse potencial florestal de maneira equilibrada”, completou Sandro Abreu de Oliveira, agrônomo do Instituto Vitória Régia (IVR).
A oficina faz parte do projeto Ingá, que é coordenado pelo Instituto Juruti Sustentável (IJUS), com investimentos da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID), da Alcoa, do Instituto Alcoa, da Plataforma Parceiros pela Amazônia (PPA), e parcerias do Instituto Vitória Régia (IVR), Instituto Internacional de Educação do Brasil (IEB) e a Aliança Bioversity/CIAT.
Maria Ana Silva de Souza, agricultora e moradora da Alto Alegre, afirmou: “No meu sítio a gente plantava sem saber, com essas técnicas, estou muito feliz porque aprendi uma forma melhor de plantar, tô agradecida com o pessoal do projeto Ingá”.