Dezenas de trabalhadores da Amazonas Serviços de Limpeza e Comercio de Equipamentos Eletrônicos Ltda – terceirizada da Caixa Econômica Federal (CEF) – denunciam uma série de ilegalidades praticadas pela empresa no Pará e Amapá. Contratados há três meses para serviços gerais nas agências da CEF, os trabalhadores só receberam até agora metade do salário, não viram até agora a cor do vale alimentação e, pior ainda, sequer tiveram a carteira de trabalho assinada.
“Estamos vivendo uma situação dramática, semelhante a trabalho escravo”, desabafa um empregado, pedindo para não ter o nome divulgado. Segundo ele, a empresa Amazonas, que é maranhense, além de não honrar seus compromissos trabalhistas ainda ameaça demitir quem for para a imprensa denunciar a violação de direitos que ela comete.
“Pedimos que o Ver-o-Fato, com sua credibilidade jornalística, divulgue a nossa situação para que as autoridades, principalmente o Ministério Público do Trabalho no Pará e Amapá (MPT) tome urgentes providências. Não aguentamos mais tanta exploração e descaso”, emenda outra funcionária.
De acordo com informações repassadas ao Ver-o-Fato, a Caixa Econômica Federal lavou as mãos para o problema, porque alega que paga a Amazonas Serviços em dia e não tem nada a ver com a terceirizada nesse quesito. Engana-se a Caixa, porque é a imagem do órgão federal que está em jogo. Se ela contrata quem viola as leis trabalhistas, então a CEF é também responsável pelo problema.
Os trabalhadores também criticam o Sindicato dos Trabalhadores de Empresas de Asseio Conservacão Higiene Limpeza e Similares do Estado do Pará (Sinelpa), que acusam de nada ter feito para resolver o problema. “Esse sindicato é omisso e até para falar com alguém de lá é uma dificuldade”, desabafa uma trabalhadora.
O Ver-o-Fato também tentou obter explicações do Sinelpa sobre o caso, mas não obteve sucesso. O telefone 3226-3195, citado no endereço da entidade, chama insistentemente sem que ninguém atenda. Também tentamos, sem resultado positivo, falar com alguém da Amazonas.
“Trabalhamos pra passar fome ao mesmo tempo. Isso é muita crueldade com a gente. Temos família e as contas pra pagar. A Amazonas só paga nosso salário de pedaço e é a maior humilhação”, diz outra funcionária.
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Daqui há pouco mais informações. Aguardamos posicionamento da Amazonas Serviços, Caixa Econômica e do Sinelpa.
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