Pelo menos desde a última quarta-feira, 5, circula pelas redes sociais um suposto comunicado de uma facção criminosa. Sem meias palavras, ela ordena aos seus membros que comecem a cobrar uma tarifa de quem controla jogos clandestinos em Belém. Os alvos são os chamados “jogos de azar” e as conhecidas bancas de jogo do bicho, além de estabelecimentos de apostas de jogos de maneira online.
Segundo um áudio que segue a mensagem, o “imposto” serviria para ajudar a financiar na ocupação do interior do Pará, bem como armar os lugares já ocupados para o que eles chamam de “guerra”. Uma voz chega a dizer que “já venceram a guerra contra o governo do estado e agora falta dominar o resto”.
Também desde ontem, 6, circulam vídeos onde é possível ver o comunicado se consolidando na prática. Diversos comerciantes são impedidos de realizarem seu trabalho e gravados, como uma forma de comprovação para um “superior” do crime. Isso ocorre no momento em que são abordados ou já fecharam as portas dos locais onde realizam os tais jogos.
Os vídeos mostram pontos nos bairros da Terra Firme, Canudos e Guamá. No suposto comunicado, um membro da facção diz que se não houver negociação e atendimento das ordens, está liberado agir com violência contra quem não concordar com o estabelecido.
Há também informações de que o conhecido bicheiro Luizinho Drummond, paraense que controle o jogo do bicho no Rio de Janeiro, teria acionado o comando superior da facção criminosa na capital carioca para intermediar uma solução pacífica para o problema. Não se sabe se o tal “acordo” foi ou será cumprido.
De qualquer maneira, fotos de um homem morto dentro de uma viatura circulam pelas redes sociais como demonstração de que há quem não esteja gostando do que está ocorrendo e tomando decisões por conta própria para “evitar o pior”.
Se é que o pior não é o próprio fato de a segurança pública paraense estar sendo posta em xeque com ações desse tipo.
Veja as imagens: