Foi uma partida onde os dois times pareciam de ressaca. Não queriam nada com a bola. E o torcedor, na arquibancada, não conseguiu sequer vibrar como das outras vezes. Havia um tédio no ar. Bolas perdidas, passes errados, nos pés do adversário. Faltou alma, sangue e sal.
Qualquer pelada, dessas que se joga no final de semana num campinho de Marituba, tinha mais vida que o RE X PA deste domingo à tarde. Não poderia ser outro o resultado: 0 a 0. A bola, coitada, quase pede para se internar no recém inaugurado hospital Abelardo Santos. Foi agredida, maltratada pelos dois times.
Com o resultado, a decisão por uma vaga na final da Copa Verde fica para o próximo domingo. O vencedor vai aguardar o adversário do confronto entre Cuiabá-(MT) e Goiás (GO), uma partida que, pasme o torcedor, só será realizada quase no final de outubro, no dia 24. Prova de que essa Copa Verde, organizada pela CBF, é uma das coisas mais patéticas já vistas no futebol nacional.
No jogo RE X PA em si, o Leão começou a partida criando as melhores chances de gol, mas sem assustar. O Paysandu, que teve mais posse de bola, assustou aos 11 minutos, no chute de Collaço. Já o Leão quase marcou nas chegadas de Ramires e Gustavo Ramos (duas vezes). Depois, o Papão teve boa chance com Elielton, que mandou por cima. E, nos minutos finais, o Remo voltou a dominar as finalizações, mas sem conseguir marcar.
O segundo tempo não mudou. Com a mesma postura ofensiva, mas atabalhoada, os times seguiram buscando gol a todo instante. O Paysandu chegou perto duas vezes com Vinícius Leite, que primeiro foi parado pelo goleiro adversário e, depois, acertou o travessão. O Remo, pressionando o rival na defesa, não levou tanto perigo, e o placar acabou não sendo alterado. (Do Ver-o-Fato, com informações da CBF)
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