O tenente-coronel da Polícia Militar do Pará, José Fernandes Alves de Lima Neto, foi exonerado do cargo de comandante do 24° Batalhão, por decisão do comandante-geral, Coronel Dilson Júnior. A exoneração foi publicada no Diário Oficial.
Lima Neto, como é popularmente conhecido por participações em programas de TV, está sendo investigado junto de sua equipe pela morte do pedreiro Antônio Ivanildo Queiroz, de 45 anos. Segundo familiares da vítima, ele foi torturado e morto dentro de casa, na última sexta-feira, 27, por conta de uma ação do 24° Batalhão da Polícia Militar no bairro Tapanã, onde a guarnição teria dito ter recebido um denúncia anônima de que haveria drogas na residência de Antônio.
Na tortura, os policiais teriam usado um saco plástico para asfixiar a vítima, o que levou o homem a morte, antes mesmo de ser levado para Unidade Básica de Saúde do Tapanã. O atestado de óbito do Instituto Médico Legal, do Centro de Perícias Científicas Renato Chaves, aponta que Antônio possuía sinais de asfixia mecânica.
O caso está sendo investigado pela corregedoria da PM em conjunto com a Promotoria Militar. “O afastamento do comandante foi a primeira medida da investigação. Outras medidas serão adotadas”, segundo o promotor militar Armando Brasil.
Foi instaurado IPM pela corregedoria que será acompanhado pela promotoria militar que adotará as chamadas medidas cautelares judiciais. A investigação será feita pela corregedoria da PM em conjunto com a promotoria militar em razão da “gravidade dos fatos”, disse Brasil.
Agora, Lima Neto vai atuar na função de chefe do Fiscal Administrativo da PM, um cargo burocrático, longe da tropa.
Veja a portaria de exoneração: