O clima de revolta da população de Capitão Poço com uma sequência de assassinatos nesta semana aumentou quando a Polícia Civil prendeu o mandante da morte de duas mulheres na cidade, ontem.
Maria Eunice Ximenes Alencar e Vanessa Silva Da Cunha foram mortas a golpes de faca em uma casa no bairro Residencial Goiânia na última segunda-feira (18).
De acordo com a polícia, o mandante do crime foi Silas, marido de Eunice Alencar, mais conhecida como Neta. A motivação do duplo feminicídio, segundo as investigações, foi porque as duas eram amigas muito íntimas e o companheiro sentia ciúmes dessa relação. Ele contratou um conhecido da família para executar o crime.
As primeiras informações davam conta de um suposto crime de latrocínio. O homem acusado das mortes, que conhecia as vítimas, fugiu levando dois mil reais e um aparelho celular. Após diligências, ele foi preso no dia seguinte em uma área de mata na zona rural do município.
Com as investigações ainda em andamento, agentes da Polícia Civil descobriram um segundo envolvido nas mortes. O marido de uma das vítimas havia encomendado o duplo feminicídio por ciúmes da relação de amizade entre as duas.
De posse deste fato, a Polícia Civil representou pela prisão preventiva do segundo suspeito. Sua captura aconteceu na tarde de quinta-feira (21).
Inicialmente, o caso era tratado como latrocínio. O homem que matou as duas mulheres a facadas, no residencial Goiânia, foi preso no dia seguinte ao crime. Ele havia roubado R$ 2 mil e um celular. Havia suspeitas também de que as vítimas teriam sido estupradas, mas não houve confirmação.
O criminoso foi capturado e após o depoimento, a Polícia Civil descobriu que o marido de Neta Alencar era o mandante. Em Capitão Poço, várias pessoas desconfiaram de Silas, porque ele não demonstrou sentimento pela morte da esposa, o que reforçava as suspeitas da polícia.
O delegado-geral da Polícia Civil, Walter Resende, disse que em menos de 72 horas foi possível prender o autor do crime e o mandante, mudando a capitulação do crime de latrocínio para feminicídio. “Não há mais pessoas envolvidas, mas nossa equipe continua no município de Capitão Poço para solucionar outros crimes na região”, declarou.
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