A promotora de justiça de Benevides, Viviana Delaquis Perez, pediu a prisão preventiva do motorista Victor Hugo dos Reis Moraes, de 25 anos, acusado de estar embriagado e ter provocado o acidente que matou a cantora Cleide Morais, em Santa Bárbara, no último domingo.
De acordo com a promotora, a prisão dele é essencial para a garantia da ordem pública e a eventual aplicação da lei penal. Ela destacou que na hora da prisão por policiais rodoviários, ainda no local do acidente, Victor Hugo demonstrava visíveis sinais de embriaguez e estava agressivo e irônico. Dentro do veículo do acusado, os policiais encontraram latas de cerveja.
O motorista foi socorrido no Hospital Metropolitano e depois foi conduzido para a Delegacia da Polícia Civil de Benevides, onde foi autuado em flagrante por homicídio culposo, porém, foi posto em liberdade pela juíza Edilene de Jesus Barros Soares, da Vara Criminal de Benevides, após pagar fiança de R$ 10.450,00.
Para conceder a liberdade a Victor Hugo, a juíza alegou que ele é réu primário e não apresenta antecedentes criminais que justifiquem sua segregação.
Ao contrário do que diz a sentença judicial, segundo documentos entregues ao Ver-o-Fato por uma fonte, ele já foi denunciado na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM) por agressão e ameaça, em processo datado de 5 de maio de 2019, na 2ª Vara do Juizado de Violência Doméstica Contra a Mulher.
Em sentença expedida em 31 de janeiro deste ano, o juiz Maurício Ponte Ferreira de Souza, titular da 2 ª Vara de Violência Doméstica e Familiar Contra a mulher, renovou a ordem de medida protetiva de urgência (Lei Maria da Penha) decorrente de violência doméstica contra uma ex-namorada do acusado, que ficou sob proteção da justiça.
A medida do juiz foi tomada porque o acusado ignorou uma medida protetiva anterior a favor da mesma vítima. Na ocasião, o magistrado também considerou que, apesar da reincidência e da vítima estar sob proteção da justiça, não havia motivos suficientes para o réu ficar preso.
Em entrevista ao Ver-o-Fato (abaixo), a advogada Maira Couto, defensora da família da cantora Cleide Moraes no caso, informou que, além do pedido de prisão preventiva do acusado, quatro testemunhas foram à delegacia de Benevides para dizer que Victor Hugo estava totalmente embriagado antes de provocar a colisão que resultou na morte da cantora.
“Outras testemunhas também disseram que estavam no local do acidente e viram que, além de embriagado, Victor Hugo agia com agressividade e ironia, pouco se importando com as vítimas e com a dor dos familiares”
Veja a íntegra do pedido de prisão do MP
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