Milhares de pessoas foram para as ruas nesta noite de sábado, 9, fazendo sua própria trasladação, mesmo que sem a imagem oficial de Nossa Senhora de Nazaré em alguns pontos da cidade. Promesseiros e peregrinos, em grupos com pequenas imagens da santa, perambularam pelo centro da capital paraense.
É a fé que extrapola a programação oficial, junta pessoas que nunca se viram e as une no sentimento coletivo de devoção à padroeira dos paraenses. Ano passado, no auge da pandemia de covid-19, aconteceu a mesma coisa. Com máscaras e a grande maioria já imunizada, inclusive com a segunda dose da vacina, desta vez as pessoas pareciam menos temerosas diante da doença, orando e agradecendo à Virgem de Nazaré por estarem vivas.
Não faltou quem agradeceu por sido curada de outras doenças, pagando promessas. E houve também quem fizesse questão de participar da missa para simplesmente orar, pedindo paz ao Brasil e ao mundo. Durante a missa do Traslado, na capela do Colégio Gentil, no final houve mais uma vez a quebra do protocolo oficial.
Os fiéis pressionaram até que conseguiram seguir a imagem em carro aberto até a área em frente à Basílica. Ninguém segura a onda de fé que move esse povo. Sem ele – e sem a Nazinha – não existe Círio.