A cantora Céline Dion, que está doente, com uma síndrome rara, fez uma aparição surpresa no Grammy 2024, na noite deste domingo (4). A artista subiu ao palco para anunciar o prêmio de melhor álbum do ano — vencido por Taylor Swift, com “Midnights”.
Em 2022, Céline Dion revelou que foi diagnosticada com a síndrome de stiff-person, ou síndrome da pessoa rígida, uma síndrome neurológica rara, imunomediada e caracteriza-se por uma rigidez muscular, que afeta os músculos do tronco, dos braços e pernas.
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No fim do ano passado, a irmã dela afirmou que a cantora tinha perdido o controle dos músculos.
Durante a premiação do Grammy, Céline entrou no palco andando ao som de “The Power of Love”. A cantora foi ovacionada pelo público e aplaudida de pé.
“Quando eu digo que estou feliz de estar aqui, é do fundo do meu coração. Aqueles que foram abençoados para estar aqui no Grammy nunca devem subestimar o tremendo amor e alegria que a música traz às nossas vidas e às pessoas de todo o mundo”, afirmou.
A síndrome neurológica a qual Céline foi diagnosticada causa rigidez nos músculos e espasmos dolorosos. Devido à doença, a artista cancelou oito shows de 2023 e adiou uma parte deles para 2024.
Desde que o diagnóstico foi revelado, a cantora fez poucas aparições públicas. Recentemente, ela anunciou a produção de um documentário sobre a vida dela, chamado “I Am: Céline Dion”.
“Estes últimos anos têm sido um grande desafio para mim, a jornada desde a descoberta da minha condição até aprender como conviver e lidar com ela, mas não deixar que isso me defina”, disse em comunicado.
“Decidi que queria documentar esta parte da minha vida, para tentar aumentar a consciência sobre esta condição pouco conhecida, para ajudar outras pessoas que partilham este diagnóstico”. Uma das grandes vozes da música mundial, Céline Dion já venceu cinco vezes o Grammy, incluindo o prêmio de melhor álbum do ano, em 1997.
O que é a síndrome da pessoa rígida?
Considerada uma doença rara do sistema nervoso, a síndrome de stiff-person, ou síndrome da pessoa rígida (SPR), não tem cura.
“A síndrome da pessoa rígida é uma síndrome neurológica rara, imunomediada e caracteriza-se por uma rigidez muscular, que afeta os músculos do tronco, dos braços e pernas. Ocasionalmente, essa síndrome pode ser restrita só a uma perna”, explica Alex Baeta, neurologista da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo.
Baeta ressalta que os principais sintomas da síndrome são rigidez dos músculos e espasmos musculares.
Segundo o Instituto Nacional de Saúde (NIH – National Institute of Health), agência governamental do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos, posturas anormais, a síndrome afeta duas vezes mais mulheres do que homens e, na maioria das vezes, está associada a outras doenças autoimunes, como diabetes, vitiligo, anemia, tireoidite.