O ex-policial militar Aredinaldo Oliveira dos Santos, o “Pango”, e o colega de farda, Natal de Jesus de Freitas Caldas, foram absolvidos pelo Tribunal do Júri de Cametá da acusação de homicídio tentado contra dois homens, fato ocorrido na madrugada de 12 de abril de 2016, naquela cidade do Baixo Tocantins, nordeste paraense.
Pango já havia sido expulso da Polícia Militar e atualmente cumpre pena de mais de 40 anos de prisão por homicídios praticados quando estava na ativa. O Júri presidido pelo juiz Márcio Rebello não reconheceu a culpa dos dois no tiroteio que atingiu as vítimas Mário Sérgio da Silva Assunção e Junielson Ribeiro da Cruz.
De acordo com a denúncia do Ministério Público, as duas vítimas estavam bebendo vinho durante a madrugada na Rua Manoel Veiga com a Travessa Ipiranga, quando dois homens chegaram de motocicleta e atiraram várias vezes. Mário Sérgio foi ferido de raspão na cabeça por dois tiros e também levou um tiro no ombro, um no braço e outro na perna, mas conseguiu correr do local.
Em depoimento, ele disse que reconheceu o PM Aredinaldo Oliveira, que estaria pilotando a moto, como o atirador. Segundo ele, na garupa da moto viajava um homem com o rosto coberto por um capuz preto (balaclava). Já a outra vítima, Junielson da Cruz, disse que também reconheceu Pango como o homem que estava pilotando a moto, mas afirmou que quem atirou foi o homem que estava na garupa com o rosto coberto.
Ele foi ferido com um tiro no braço e disse que os homens da moto fugiram pela Travessa Ipiranga. Os dois feridos foram socorridos no Hospital Municipal de Cametá.Ainda segundo a denúncia, o réu Natal de Jesus Caldas disse em depoimento que foi o autor dos disparos, pois pensava que ele e o colega Pango seriam assaltados pelos dois homens que acabaram baleados.
Segundo ele, os dois militares tinham saído de uma festa de aniversário de um colega da PM e estavam dando apoio a outro companheiro, que morava em uma área perigosa.