A avenida Augusto Montenegro, em Belém, voltou a ser placo de mais uma tragédia, ontem. O motorista de um dos veículos envolvidos no acidente, identificado como Magno Tavares Beckman, morador do Conjunto Maguari, não resistiu aos ferimentos após o capotamento do carro que ele dirigia e que estava em alta velocidade.
Testemunhas relataram que Beckman foi arremessado para fora do veículo após colidir com um carro de aplicativo que acabara de fazer o retorno. Além da vítima fatal, outras três pessoas ficaram feridas no acidente, que ocorreu em um trecho polêmico da avenida, com histórico de acidentes fatais..
A colisão reacende debates sobre a segurança e as condições de tráfego da avenida Augusto Montenegro, especialmente nos retornos considerados irregulares. Segundo populares, o retorno onde ocorreu o acidente já havia sido palco de diversas ocorrências graves e fatais, suscitando questionamentos sobre a necessidade de intervenções de segurança viária.
Em obras há anos, a via é conhecida pelos congestionamentos e pela imprudência de motoristas, sendo parte dela entregue recentemente, enquanto outro trecho permanece com obras paralisadas.
Nas redes sociais, moradores da região demonstraram indignação e preocupação. Em um dos comentários, uma usuária destaca: “Com sinal ou sem sinal, as pessoas não respeitam mesmo. Não é o poder público, e sim as pessoas que têm que respeitar. Bebida e volante não combinam.”
Outro internauta, que também teve o carro danificado em um retorno da avenida, reclama: “Esses dias um motoqueiro bateu no meu carro. O sinal fecha, mas muitos não querem parar e ainda fazem cara feia pra gente que está fazendo o retorno da forma correta. Absurdo.”
Terror e desrespeito
Outros moradores apelam por mobilizações em prol de mudanças no trânsito da região. “Precisamos nos reunir para ver se alguém nos ouve. Já são vários acidentes nesse perímetro com vítimas, e atravessar essa pista é um terror. Minha filha estuda em uma escola nas Águas Negras, e eu levo até 15 minutos para atravessar. Idosos e deficientes físicos sofrem ainda mais,” comentou uma mãe.
A necessidade de fiscalização foi outro ponto destacado. Para muitos, o problema não está apenas na estrutura, mas também na imprudência e desrespeito às leis de trânsito. “Havendo imprudência, não há semáforo que resolva isso. Os condutores de Belém são muito mal-educados. Enquanto não houver fiscalização rigorosa, esse problema não será resolvido”, enfatizou uma usuária.
O trânsito no local foi parcialmente interditado por alguns instantes. Familiares e amigos da vítima estiveram no local e estavam em estado de choque.