Um ex-policial militar, identificado como Wescley Silva Sousa, foi executado a tiros na noite desta quarta-feira (6), enquanto fazia um lanche na praça Eduardo Angelim, localizada no bairro da Pedreira, em Belém. O crime aconteceu próximo ao cruzamento da rua Antônio Everdosa com a travessa Alferes Costa, em uma área movimentada da cidade, e foi presenciado por diversas pessoas, incluindo crianças.
De acordo com testemunhas e imagens de câmeras de segurança, Wescley parou em um trailer de frituras, onde pediu uma coxinha e um refrigerante, algo que fazia habitualmente após seus exercícios físicos nas redondezas. No entanto, enquanto aguardava seu pedido, um homem usando capacete se aproximou rapidamente, sacou uma arma e efetuou ao menos quatro disparos à queima-roupa. A vítima não teve chance de se defender e morreu no local.
Após os disparos, o atirador correu para trás do trailer, onde um comparsa o aguardava em uma motocicleta. A dupla fugiu em alta velocidade, deixando no local 14 cápsulas e três projéteis. A polícia ainda não conseguiu identificar os criminosos, mas segue investigando com base nas imagens das câmeras de segurança.
Histórico criminal
Wescley, ex-cabo da Polícia Militar, foi expulso da corporação em 2020 sob acusações de associação com organizações criminosas envolvidas em execuções, extorsões e sequestros na Região Metropolitana de Belém. Em 2017, ele havia sido condenado a sete anos de prisão por extorsão mediante sequestro, em um caso que envolvia mototaxistas no bairro da Terra Firme. A Procuradoria-Geral do Estado negou um recurso apresentado por Wescley para contestar a expulsão, devido à gravidade das infrações.
Um morador da área, que preferiu não se identificar, relatou que os vizinhos conheciam o passado do ex-policial e tinham receio de sua presença. “O pessoal sempre soube que ele era PM, mas também diziam que ele era miliciano, então ficavam com medo”, disse.
Investigação
A Polícia Civil do Estado do Pará instaurou inquérito para investigar o homicídio e está analisando as imagens de monitoramento na tentativa de identificar os autores do crime. Os peritos e agentes da polícia isolaram a área e ouviram algumas testemunhas, mas, como é comum nesses casos, poucos moradores aceitaram comentar o ocorrido.
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