Vídeos compartilhados nas redes sociais mostram uma confusão envolvendo dois policiais militares e algumas pessoas durante a prisão de uma mulher no Ver-o-Peso, na tarde de ontem. Nas imagens é possível ver os agentes de segurança cercados por possíveis feirantes, enquanto a mulher parece resistir à prisão.
Ela chega a ter seu cabelo puxado, o que estava gerando críticas. Mas câmeras acopladas ao uniforme dos policiais mostram o início da confusão, com a mulher discutindo com os agentes durante uma abordagem feita ao parceiro dela.
A câmera acoplada mostra alguns homens sendo revistados em um setor de menor movimentação da feira. Durante a revista de um dos homens, a mulher grita e reclama da forma como o procedimento está sendo realizado, momento em que outro policial afasta a mulher com o uso de spray de pimenta. Mesmo de longe, ela xinga os PM’s.
Em outro momento, é possível ouvir o policial dando voz de prisão por desacato, mas ela tenta resistir. A confusão aumenta, com algumas pessoas cercando os PM’s com pedaços de pau e xingamentos.
No começo, a equipe parece bastante nervosa com o cerco e não se entende. Enquanto um tenta imobilizar a mulher, o outro saca a arma e aponta na direção dos populares, além de utilizar o spray de pimenta. O apoio de outros policiais é solicitado e um dos PM’s pede ao outro para conter as pessoas que o cercam.
Em determinado momento do vídeo é possível ouvir o policial falando que a mulher quer tomar sua arma e morder a perna dele. Imagens gravadas por populares mostram um dos policiais puxando o cabelo dela enquanto está caída no chão. Algumas pessoas comentam que ela está grávida. A situação é contida após a chegada de outros policiais que ajudam na prisão da mulher.
A Polícia Militar informou que quatro pessoas foram presas pelo crime de desacato durante a confusão no Ver-o-Peso. A mulher foi contida e outras três pessoas foram apresentadas na Seccional do Comércio, juntamente com a faca usada pelo homem suspeito.
Todos têm passagem pela polícia e os militares precisaram passar por atendimento médico e corpo de delito após sofrerem ferimentos. O promotor militar Armando Brasil declarou que vai requisitar abertura de Inquérito Policial Militar (IPM) para apurar a confusão registrada nos vídeos.
Ponto de vista da multidão
Ponto de vista do policiais