Sete anos depois de ter assassinado com três facadas o segurança Roberto Alan Trindade da Conceição, então com 38 anos, o réu Christian Barroso de Souza, de 44 anos, foi condenado pelo 4º Tribunal do Júri de Belém a 8 anos e seis meses de prisão
O juiz Cláudio Hernandes Silva Lima, presidente do júri, concedeu ao réu o direito de apelar da sentença em liberdade, por ser primário, sem antecedentes criminais e ter respondido ao processo em liberdade.
De acordo com o processo, o réu matou o segurança em uma casa noturna, em fevereiro de 2016, em Icoararci, distrito de Belém, após ter iniciado uma confusão no local, onde encontrou a mulher se divertindo com amigos.
Diz a denúncia do Ministério Público que a vítima fazia segurança privada em uma casa noturna, onde a esposa do réu se divertia com amigos, em fevereiro de 2016, e interveio quando o homem espancou a mulher e a puxou pelos cabelos, tentando tirá-la do recinto.
O acusado disse em em interrogatório que desferiu as facadas no segurança por ter sido espancado por ele com ajuda de um outro segurança, no banheiro da casa noturna. Alegou ainda que não agrediu a companheira e que somente teve uma discussão com ela.
Testemunham ouvidas disseram que o segurança percebeu a mulher sendo agredida e com ajuda de um colega retirou o homem do local. Em seguida, o homem, que morava próximo do local, retornou armado de faca e desferiu três golpes em regiões vitais do corpo da vítima, que após um mês internada não resistiu e morreu.
O defensor público Alex Mota Noronha alegou que o réu agiu em legítima defesa, argumentando que ele não agrediu a mulher, e que queria somente levá-la da festa para casa. Conforme disse, o segurança tinha espancado o réu, no banheiro do bar, a ponto de ter lhe arrancado um dente. Depois, o réu avistou uma faca sobre uma das mesas e a usou para se defender.
O promotor de justiça Nadilson Gomes Portilho sustentou a acusação de autoria em desfavor do réu por homicídio qualificado, motivado por vingança. Ele se baseou nas declarações prestadas pelas testemunhas que compareceram diante dos jurados e confirmaram as acusações prestadas à polícia e em juízo, na fase da instrução processual.