O público que compareceu, na noite desta sexta-feira, 23, a mais um dia de shows da Bienal de Artes de Belém, na Aldeia Cabana David Miguel, se emocionou, dançou e cantou com os artistas. Também foram conhecidos o vencedor e os premiados no IV Festival da Música Brasileira, que se encerrou nesta sexta-feira.
Desta vez, o Carimbolesco do Nace abriu os shows. A professora Naieme, de 31 anos, adorou a programação da Bienal e destacou a festa em vários pontos de Belém. “Eu estou achando a Bienal incrível. Tá rolando várias coisas na cidade, aqui na Aldeia, no Ver-o-Rio, na praça da República. Estou aqui para ver o Festival e torcer para o meu pai, que está participando. Há 20 anos, eu estava aqui pequenininha vendo o Festival”, contou.
Em seguida, os 12 artistas que se classificaram para a final do IV Festival de Música Brasileira interpretaram suas canções autorais. Os finalistas disputaram o prêmio “Paulo André Barata” em cinco categorias: melhor música, melhor intérprete, melhor arranjo, melhor letra e aclamação popular.
Os prêmios foram foram entregues pelo prefeito Edmilson Rodrigues. “Sob o Céu de Nossa Aldeia”, de David Amorim e Dudu Neves, levou como a melhor música e recebeu a premiação de R$ 14 mil; o segundo lugar ficou com a canção “Recanto Agreste” e com o prêmio de R$ 12 mil, já a terceira foi “Pra Você Voltar pro Ninho”, levando R$ 10 mil.
A categoria melhor intérprete ficou com “Recanto Agreste” e a premiação de R$ 6 mil. Já a de melhor arranjo foi vencida pela canção “Sob o Céu de Nossa Aldeia”,que conquistou o prêmio de R$ 6 mil. A premiação para melhor letra e aclamação popular ficou com as canções Sob o Céu de Nossa Aldeia e Bacuriteua, respectivamente, que conquistaram R$ 6 mil cada.
Um dos autores da canção vencedora de melhor música, Dudu Neves, destacou a felicidade de vencer a premiação. “É uma grande emoção. Essa parceria com o David Amorim foi fundamental para fazer essa letra, que é bem contemporânea”.
Show – A artista Sabah Moraes também se apresentou no Palco Âncora. O prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues, estava radiante com o sucesso da Bienal e do Festival.
“Todas as músicas finalistas são de altíssima qualidade. Além disso, em dezenas de pontos da cidade se realizam apresentações musicais, exposições de arte indígena e de fotografias, dança, teatro. Há programações na Praça da República, no Ver-o-rio, em Icoaraci, Cotijuba, Outeiro, Mosqueiro, Combu, Aldeia Cabana Davi Miguel, que recebe os grandes artistas locais e nacionais. Sucesso total! E toda população está convidada a participar, porque todas as atividades e show são gratuitos”, declarou o prefeito.
O aposentado Alberdan Batista vem acompanhado todos os shows na Aldeia Cabana. “Estou vindo acompanhar as apresentações aqui na Aldeia desde a semana passada, quando foi feita a classificatória do festival. Ninguém faz arte para esconder, mas, sim, para mostrar. E é isso que estamos vendo na Bienal”.
Composições viscerais – A noite se encerrou com a apresentação de Jonny Hooker, um dos expoentes da nova geração de cantores nacionais. O artista pernambucano, de 35 anos, autor de composições viscerais, como “Amor Marginal”, “Flutua” e “Alma Sebosa”, levou o público ao delírio com o seu repertório.
Jonny deixou clara a satisfação de participar da Bienal de Artes de Belém. “Vamos flutuar aqui na Aldeia Cabana, numa grande celebração do amor, da liberdade e do respeito”, disse o artista.
Evento lindo – “Neste momento de virada do Brasil, poder estar aqui, contribuindo com esse evento lindo, que conecta a dança, a música, o teatro, oficinas, educação, junto com a arte, significa muito pra mim”, declarou Jonny Hooker. “Eu amo muito Belém, porque, além de ser uma cidade maravilhosa e multicultural, é uma cidade que marcou minha história, com muitos amigos, que viraram minha família”, lembrou. “Então, é muito emocionante estar aqui de volta, depois de quatro anos, e pra cantar para o povo, na rua. Não poderia ser melhor”. (Agência Belém)