Feirantes do bairro do Guamá perderam a paciência durante tensa reunião ocorrida na manhã de hoje, no Mercado Municipal. Nessa reunião estavam feirantes, trabalhadores do mercado, representante da prefeitura de Belém e o dono da empresa executora da reforma.
Conversa vai, conversa vem, o tempo esquentou durante desentendimento entre as partes. Houve ofensas, ameaças e quase agressões físicas. À certa altura, os feirantes decidiram interditar a avenida José Bonifácio com barricadas, fogo e gritos contra a morosidade da obra.
O diretor de Planejamento da Secretaria municipal de Economia (Secon), Rosemiro Souza, além do proprietário da empreiteira responsável pela reforma, Oséas Fróes, além de engenheiros e algumas lideranças dos feirantes, estavam na discussão.
O empresário Oséas Fróes, em voz alta, cobrou de Rosemiro Souza os pagamentos atrasados pelo serviço. Para jogar mais lenha na fogueira dos ânimos, os feirantes foram para cima do diretor e do empresário, ameaçando-os de agressão.
Segundo relato de testemunhas, o empresário ameaçou chamar a polícia caso fosse agredido, alegando que era sócio do delegado-geral e chefe da Polícia Civil do Pará, Walter Resende. Oséas deixou claro que chamaria a polícia para prender os feirantes.
O caldo entornou de vez. Não havia mais condições para a continuidade da reunião, pois àquela altura os feirantes já tinham interditado o trânsito e colocado fogo em pneus e madeira na avenida. A coisa está feia em outras obras da prefeitura em feiras da cidade e mercados.
O Ver-o-Fato aguarda posicionamento da prefeitura.
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