Na última semana, a equipe técnica de microcrédito do Instituto E-dinheiro Brasil* esteve em Juruti com a equipe técnica do Banco Juruti Sustentável (Banjus) e estruturaram ações importantes para o banco iniciar sua operacionalização da melhor forma, atendendo a comunidade local. O Banjus será uma opção de acesso ao microcrédito reembolsável para estimular o desenvolvimento do empreendedorismo, negócios sustentáveis na cidade e comunidades de Juruti.
Neste primeiro momento contribuindo com a estruturação do Banjus, foi criado uma parceria com o Instituto *E-dinheiro, que é uma Organização da Sociedade Civil (OSC), de base popular e comunitária, tem título de Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip) e opera como Fintech, já implantou 98 bancos digitais pelo Brasil, atualmente atende mais de 200 mil pessoas mensalmente em 67 localidades.
Nayara Nascimento de Sousa, coordenadora de microcrédito do E-dinheiro, falou sobre essa fase de implantação “Conversando sobre a criação da carteira de microcrédito para Juruti, entendendo mais a dinâmica do território, as mudanças nos últimos anos com a chegada de novos negócios. Entendendo todas as dinâmicas locais, e com os demais profissionais técnicos do E-dinheiro, estamos estruturando como irá operacionalizar o Banjus”. Ter um banco comunitário estava na pauta das discussões dentro do IJUS há muito tempo, e com os anos foi se fortalecendo as condições para acontecer. Assim o Banjus é uma parceria entre o Instituto Juruti Sustentável (IJUS) e Alcoa Foundation. Onde será criado uma carteira de atuação no Fundo Juruti Sustentável exclusivo para operacionalizar o banco comunitário.
“Banjus é ter um ambiente para estimular o desenvolvimento de negócios, principalmente negócios de base comunitária em Juruti, como agroextrativistas, novos
negócios jovens, agricultores familiares, também sociais. Acredito que tem uma expectativa inicial de pelo menos 30 projetos, envolvendo comunidades”, afirmou
Fábio Abdala, gerente de sustentabilidade da Alcoa. Ele ainda destacou “Banjus se tornar uma ferramenta de microfinanciamento em Juruti”.
Etapas na implementação do Banjus
1.º Para iniciar as atividades do Banjus da melhor forma facilitando parcerias e convênios o IJUS irá buscar a requalificação como organização da sociedade civil
de interesse público (OSCIP), desta forma essas parcerias podem ser também com órgãos públicos (federal, estadual e municipal) e permite que doações de empresas possam ser realizadas via imposto de renda.
2.º Diagnóstico sócio econômico será realizado em todo território de Juruti. O diagnóstico será importante para ter uma visão técnica atual dos potenciais
econômicos, onde será um guia no momento da aprovação dos recursos aos negócios.
3.º Construção do manual operativo, documento importante será o guia das equipes técnicas em todo o processo operacional do banco. Já foi elaborado uma minuta, e agora será validado em debates técnicos.
4.º Projeto de branding (marca), está na fase final o projeto da Marca do banco, juntamente com o plano de comunicação, onde a equipe de comunicação do IJUS
está trabalhando desde o mês passado do projeto.
Gercilene Amaral, secretária geral do IJUS, falou que o Banjus é uma iniciativa importante para Juruti, muito sonhada pelo instituto, falou “O projeto vem com uma
proposta de desburocratizar o desenvolvimento trazendo condições para novos negócios. É um banco social, será um recurso emprestado, mas dará condições para as pessoas gerir seus negócios, fazer seus recursos ter rendimentos, serão negócios que vão desenvolver Juruti. Com critérios, prazos que deem essa condição aos clientes do banco. É uma proposta muito inovadora, consolidando estratégias do IJUS em buscar um Juruti sustentável”.